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‘Não há risco para a Petrobrás na Argentina’, diz Lobão

'Nossa intenção é investirmos o máximo na Argentina, seja porque é um bom negócio para a Petrobras seja porque é do interesse argentino', disse o ministro

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Por Eduardo Rodrigues , Glauber Gonçalves e da Agência Estado
Atualização:

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reafirmou que a Petrobrás não corre nenhum tipo de risco em suas operações na Argentina. Após encontro com o ministro do Planejamento e Investimentos Públicos da Argentina, Julio de Vido, Lobão reafirmou que as relações da Petrobras com autoridades do país vizinho são muito boas. "Nossa intenção é investirmos o máximo na Argentina, seja porque é um bom negócio para a Petrobrás seja porque é do interesse argentino", disse o ministro.

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Segundo Lobão, os investimentos da Petrobrás no país vizinho no ano passado foram de US$ 500 milhões, com uma estimativa igual para este ano. De acordo com o ministro, esse montante pode aumentar ainda que a companhia esteja em um processo de grande investimento no Brasil para atender à demanda do pré-sal. "Na medida que pudermos, vamos atender pedido argentino. Além da capitalização realizada pelo governo brasileiro, a Petrobrás tem linhas de crédito em bancos nacionais e internacionais. Os investimentos internos são cada vez maiores, mas o mesmo ocorre no exterior", declarou.

Lobão ressaltou, porém, que a solicitação argentina para que a Petrobrás eleve sua participação naquele mercado para 15% não poderia ser alcançada no curto prazo, mas sim ao longo do tempo. Atualmente, a empresa brasileira tem uma fatia de 8% da produção e comercialização de combustíveis na Argentina.

O ministro também destacou os esforços da presidente Cristina Kirchner em negociar com as autoridades da província de Neuquém a reversão da suspensão de uma licença de exploração da Petrobrás naquela região. "As províncias têm leis próprias e Cristina está atuando no sentindo de remover obstáculos."

Lobão também relatou que no encontro desta sexta-feira entre os dois ministros também foi discutida a construção conjunta de duas usinas hidrelétricas no país vizinho. Segundo ele, o empreendimento e as providências para dar início aos projetos se encontram bastante avançados.

O presidente do (BNDES), Luciano Coutinho, também se pronunciou dizendo acreditar que a decisão do governo argentino de nacionalizar 51% da YPF nas mãos da espanhola Repsol não terá efeitos negativos para o Brasil. "Não vejo nenhum impacto negativo em relação ao Brasil", disse, quando indagado por jornalistas se a medida do governo vizinho poderia diminuir o interesse de empresas brasileiras em investir na Argentina. Coutinho classificou a decisão do governo argentino de "soberana", sem querer entrar em detalhes. "Não vou comentar", disse, durante abertura do campeonato Panamericano de Canoagem de Velocidade de 2012, no Rio.

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