O aumento do volume das operações com ações contribuiu para o crescimento de 19,5% das receitas da BM&FBovespa no quarto trimestre de 2009, na comparação com igual período do ano anterior. O segmento Bovespa foi responsável por 56% da receita bruta entre outubro e dezembro de 2009. Em igual período de 2008, a participação era de 42,7%.
A companhia lembra que a expansão das receitas no segmento Bovespa foi possível porque nos últimos meses do ano passado o volume de negócios com ações atingiu níveis históricos. No quarto trimestre, o volume médio negociado foi de R$ 6,8 bilhões, considerado recorde. Em nota, o diretor presidente da companhia, Edemir Pinto, lembra que o acordo com o CME Group, quando efetivado, "elevará a BM&FBovespa a um novo patamar no mercado global e trará uma nova gama de oportunidades para a companhia". A BM&FBovespa anunciou no último dia 11 de fevereiro que elevará a sua participação acionária na CME de 1,8% para 5%.
Ao todo, a receita bruta da companhia soma R$ 473,9 milhões no quarto trimestre. As receitas provenientes da liquidação dos negócios no segmento BM&F correspondem a 27,6% desse total. No quarto trimestre de 2008 essa categoria respondeu por 36,4% da receita bruta. Já a participação das demais receitas (vendors, listagem, custódia e back Office, entre outras) caiu de 20,8% para 16,3%.
No ano, a receita bruta somou R$ 1,673 bilhão, uma queda de 6,2% na comparação com 2008. A BM&FBovespa atribui essa queda aos efeitos da crise financeira, em especial no primeiro semestre de 2009, que apresentou menor volume de negócios.
O segmento Bovespa foi responsável por 51% das receitas no acumulado de 2009. A BM&F respondeu por 32% e as demais receitas tiveram participação de 17%.
No que diz respeito aos gastos, as despesas recorrentes da companhia totalizaram R$ 133,669 milhões, um crescimento de 11,4%. Já no acumulado do ano as despesas recorrentes chegaram a R$ 446,7 milhões, valor que representa uma queda de 12,8%, mas dentro do estipulado para o ano, que era de R$ 450 milhões.
Já as despesas totais, que consideram os custos das demissões de funcionários decorrentes da integração entre as duas bolsas (BM&F e Bovespa), custos com o plano de opção de compra para os empregados e depreciações ficou em R$ 160,372 milhões no quarto trimestre e em R$ 569,832 milhões no acumulado do ano, crescimentos de, respectivamente, 25,2% e 4,6%.