PUBLICIDADE

Nissan prevê prejuízo anual e decide cortar 20 mil até 2010

Por CHANG-RAN KIM
Atualização:

A Nissan juntou-se ao crescente número de fabricantes de veículos que esperam ter prejuízo este ano e informou nesta segunda-feira que espera sofrer o primeiro prejuízo anual desde que o presidente-executivo, Carlos Ghosn, assumiu o comando da empresa há uma década. A terceira maior montadora do Japão também informou que vai reduzir a produção no ano que se encerra em março em 20 por cento e cortar em 20 mil funcionários a força de trabalho do grupo até o final de março de 2010, a maior parte via eliminação natural de vagas. Na semana passada, a Toyota Motor triplicou sua previsão de prejuízo operacional anual, citando queda mais rápida que a esperada das vendas nos Estados Unidos, Japão e Europa. A Honda Motor também reduziu a expectativa de desempenho no mês passado, mas espera continuar no azul. "Os resultados serão ruins para as montadoras em algum momento", disse Tomomi Yamashita, gestor de fundos da Shinkin Asset Management. "Você tem o problema do câmbio e o crescente ajuste de produção adiante", afirmou ele, acrescentando que as montadoras devem ficar no vermelho por mais alguns trimestres. A Nissan espera prejuízo operacional, o primeiro em 14 anos, de 180 bilhões de ienes (2 bilhões de dólares) para o ano que se encerra em 31 de março, em vez do lucro de 270 bilhões de ienes que havia projetado há apenas três meses. Analistas, em média, previam perda de 70 bilhões de ienes. A Nissan, 44 por cento controlada pela francesa Renault, espera ter prejuízo líquido de 265 bilhões de ienes ante estimativa anterior de lucro líquido de 160 bilhões. Pressionada por excesso de capacidade e funcionários e vendas despencando nos mercados desenvolvidos, a Nissan eliminou 2.000 empregos temporários no Japão e conseguiu 1.200 cortes de vagas via aposentadorias voluntárias nos EUA. Os cortes são parte da redução de 20 mil empregos, que é equivalente a 8,5 por cento da força de trabalho da companhia.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.