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Norte Energia deve investir R$ 560 mi em Belo Monte

Por Renato Andrade
Atualização:

Os acionistas da Norte Energia S.A., sociedade constituída para tocar o projeto da usina de Belo Monte, deverão investir R$ 560 milhões até dezembro para dar início às obras de construção da hidrelétrica no Rio Xingu (PA). O aporte inicial acertado entre os sócios é de R$ 260 milhões, mas o valor poderá ser acrescido em R$ 300 milhões se a licença para a construção do canteiro de obras sair antes do fim do ano.Segundo o diretor-presidente da Norte Energia, Carlos Nascimento, as discussões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre o financiamento da obra serão intensificadas a partir da próxima semana. "Estamos agendando reuniões que devem acontecer na primeira semana de setembro. Nossa expectativa é que a configuração de todos os entendimentos esteja concluída até o final do ano. Agora, os contratos efetivos, isso vai demorar um pouquinho mais", afirmou Nascimento, que participou no início desta tarde, no Palácio do Planalto, da solenidade de assinatura do decreto de outorga e do contrato de concessão da usina.Segundo o executivo, os recursos utilizados na construção da usina virão exclusivamente do financiamento do banco de fomento estatal e dos acionistas da Norte Energia. "O aporte será feito pelos acionistas e somente do BNDES. Essa é a intenção e orientação dos acionistas que são nossos controladores", disse.Nascimento disse ainda que, na próxima semana, a Norte Energia deve fechar a negociação com as construtoras que serão responsáveis pela obra da usina, que terá capacidade instalada de produção de energia de 11.233 megawatts (MW). Nascimento não quis confirmar quais serão as construtoras responsáveis pela obra. "Existe um acordo complementar que precisa ser realizado e vamos começar a trabalhar nisso a partir de hoje à tarde. Esperamos que lá para quarta-feira isso esteja concluído", disse Nascimento. Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Corrêa devem participar da construção de Belo Monte, em conjunto com as construtoras que são sócias do empreendimento, conforme já antecipado pela Agência Estado.Apesar da presença de empresas privadas, a Norte Energia é controlada pelo governo. A Eletrobras e suas subsidiárias (Eletronorte e Chesf) controlam 49,98% da sociedade. Além disso, fundos de pensão das estatais estão na lista dos acionistas.

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