PUBLICIDADE

Publicidade

Novo Oriente vence leilão da usina Três Irmãos, sem oferecer deságio

A proposta foi a única a ser apresentada; consórcio é formado por Furnas, com 49,9%, e o fundo de investimento Constantinopla, com 50,1%

Por Wellington Bahnemann e da Agência Estado
Atualização:

O leilão da usina Três Irmãos durou poucos minutos. A disputa organizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) teve como vencedor o Consórcio Novo Oriente, formado por Furnas, com 49,9%, e o fundo de investimento Constantinopla, com 50,1%. A proposta foi a única a ser apresentada e não teve deságio.

PUBLICIDADE

Trata-se do primeiro leilão de geração baseado nas regras da Medida Provisória (MP) 579/12. A usina Três Irmãos, de 807,5 MW de capacidade instalada, pertencia à Cesp, que decidiu não prorrogar a concessão com base na remuneração proposta pela União no âmbito da MP.

Preço. O critério para vencer a concorrência era oferecer o menor Custo de Gestão dos Ativos de Geração (GAG), fixado em R$ 31,6 milhões/ano (ou R$ 16,6/MWh por ano), para operar o empreendimento.

A GAG considera os custos de operação e manutenção, de administração, a remuneração do concessionário e a amortização da usina. O contrato de concessão é de 30 anos e a energia assegurada, de 217,5 MW médios, foi transformada em cota para as distribuidoras.

A GAG é um dos componentes da receita total da usina, denominada Receita Anual de Geração (RAG). A RAG é composta, além da GAG, dos encargos setoriais e da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) ou de Distribuição (TUSD). Pelas regras do processo, a RAG será reajustada anualmente pelo IPCA, exceto nos anos em que passar pelo processo de revisão tarifária, que irá ocorrer a cada cinco anos. A primeira revisão tarifária de Três Irmãos está prevista para 1º de julho de 2018.

Nos reajustes anuais, além do IPCA, a Aneel também leva em conta o Fator X, que é um porcentual a ser definido pelo regulador para estimular a eficiência do concessionário e permitir a captura de ganhos de produtividade pelo consumidor, e o nível de indisponibilidade da usina. Diante da necessidade de manter um alto nível de disponibilidade de Três Irmãos, a agência criou uma regra que impede a participação de empresas com baixo nível de qualificação na operação e manutenção de usinas hidrelétricas.

Disputa. Pela regra, só puderam participar da licitação as empresas que operam hidrelétricas há, no mínimo, cinco anos. Com isso, 21 companhias estiveram aptas a entrar na disputa, como a Tractebel, as estatais federais do Grupo Eletrobras, a Cemig e a própria Cesp. Desse conjunto de empresas, sete realizaram visita técnica à usina neste mês. São elas: Copel, Emae, Duke Energy, Furnas, Enerpeixe (EDP e Furnas), AES Tietê e Campos Novos Energia (CPFL Energia, Grupo Votorantim e CEEE).

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.