As ações do Nubank tiveram uma forte reação na Bolsa de Nova York (Nyse) nesta segunda-feira, 31, após fortes desvalorizações nas últimas semanas. Os papéis fecharam em alta de 9,93%, negociados a US$ 7,42. Foi a maior alta desde as duas primeiras sessões de negociação do ativo, de 9 e 10 de dezembro, em que o avanço chegou a 15% em cada uma.
O dia foi de recuperação dos papéis de empresas de tecnologia, o que levou o índice Nasdaq a subir 3,41%. O movimento se estendeu a outras empresas brasileiras listadas na Nyse ou na Nasdaq: a ação da Stone avançou 6,28%; a da PagSeguro, 8,39%; e a da XP, 6,59%.
Os investidores americanos e globais foram às compras dos papéis de empresas de tecnologia por considerarem que as quedas recentes os deixaram com preços mais atrativos. O Nasdaq, por exemplo, encerrou janeiro com queda de quase 9% - a título de comparação, o Ibovespa, em geral mais vulnerável a momentos de incerteza nos mercados, subiu 7% no período.
O mesmo fenômeno atingiu os papéis do Nubank, que fecham janeiro com baixa de quase 21% e uma forte perda de valor de mercado. A fintech hoje é avaliada em US$ 34,2 bilhões (o equivalente a R$ 181,3 bilhões), e ao longo do mês, foi ultrapassada tanto pelo Itaú quanto pelo Bradesco no ranking de bancos mais valiosos da América Latina.
Bancos
A perspectiva de altas de juros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil fez com que os papéis dos bancos tradicionais ganhassem tração em janeiro, o que contribuiu para a mudança de posições. A ação americana do Itaú, por exemplo, avançou 26%, e a do Bradesco, 25,5%.
Para além do bom desempenho do setor, ajudou a queda de quase 5% do dólar em relação ao real, o que eleva o preço em dólares das ações dos bancos listadas na B3, bolsa de valores brasileira, e que servem de referência a seus papéis americanos.
Com isso, o Itaú fechou o mês avaliado em US$ 43,7 bilhões, e o Bradesco, em US$ 38,2 bilhões. Na B3, eles são avaliados respectivamente em R$ 232,3 bilhões e em R$ 202,1 bilhões.