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‘O Brasil não é um País que pode ser ignorado na hora de investir’

Presidente da Brazil Iron está otimista em relação às perspectivas para o Brasil

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Por Renata Agostini
Atualização:

O britânico Guy Saxton é um otimista em relação ao Brasil. À frente da Brazil Iron, empresa de mineração formada em 2012 a partir da aquisição de minas na Bahia, ele acredita que agora é o melhor momento para investir no País, já que o risco eleitoral está sendo superestimado e, por isso, a valorização dos ativos será grande.

Guy Saxton, presidente da Brazil Iron Foto: Brazil Iron

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O executivo vê melhoria no ambiente de negócios e acredita que o mercado externo, demandante por recursos naturais, impulsionará a economia. “O crescimento do PIB excederá muitas previsões”, diz.

Segundo ele, investidores europeus e australianos, donos da Brazil Iron, já desembolsaram US$ 100 milhões no projeto e estimam injetar outros US$ 200 milhões nos próximos cinco anos para garantir o aumento da produção de minério de ferro e manganês no local.

Por que é um bom momento para investir no Brasil? A corrupção está sendo enfrentada e o sistema judicial foi fortalecido. A economia global continuará a favorecer o Brasil. Acredito que o crescimento do PIB excederá muitas previsões. O aumento das exportações brasileiras fortalecerá o real, de modo que os investimentos feitos agora aumentarão em dólares após a eleição presidencial. O Brasil não é um país que pode ser ignorado, especialmente num mercado global que se aquece e com demanda em alta por recursos naturais.

As eleições não são um risco? O risco eleitoral vem sendo mal avaliado. Não estou dizendo que não há risco, mas que ele está exagerado. Os piores candidatos não podem concorrer (por restrições judiciais e da Lei da Ficha Limpa) e as pessoas e o Judiciário têm mais poder.

Por que um investidor deveria escolher o Brasil em vez de outros mercados emergentes? Como destino de investimentos para recursos naturais e para a agricultura, o Brasil supera muitos outros mercados emergentes. Tem uma infraestrutura relativamente boa, um código de mineração sensato, boa força de trabalho e está agora menos corrupto do que muitos outros países. Não estou dizendo que o Brasil é perfeito. Há problemas e burocracias que são contraproducentes.

Empresas novatas de mineração reclamam de dificuldades para colocar os projetos de pé. O ambiente de negócios tem melhorado? Acredito que sim. Os governos – tanto o federal quanto os estaduais e municipais – estão agora claramente mais focados no crescimento econômico, na criação de empregos e no aprimoramento de pessoal, e não no ganho pessoal, o que é uma grande melhoria. 

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