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Obama falará sobre negociações da dívida às 22h

Discurso foi anunciado depois que republicanos e democratas apresentaram propostas diferentes para  as questões negociadas; Casa Branca apóia plano democrata

Por Regina Cardeal e da Agência Estado
Atualização:

O presidente dos EUA, Barack Obama, fará um pronunciamento à nação às 22h (de Brasília) sobre as discussões para elevar o limite da dívida e reduzir o déficit do país, informou a Casa Branca.

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O discurso, que será feito no Salão Leste da Casa Branca, foi anunciado depois que democratas e republicanos apresentaram propostas diferentes para as questões negociadas. A Casa Branca jogou seu peso em favor da proposta do líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, que não inclui novas receitas. Obama tem insistido que qualquer acordo para cortar o déficit seja equilibrado e inclua aumento de impostos.

Um plano apresentado pelos republicanos da Câmara dos Representantes também não inclui impostos.

Pela proposta de Reid, o teto da dívida seria elevado até 2012, algo que Obama quer, em meio aos temores de que uma tentativa de aumentar o limite da dívida durante um ano eleitoral seria difícil e criaria muita incerteza para os mercados financeiros. O plano republicano elevaria o teto do endividamento até 2011.

A proposta democrata foi apresentada depois de negociações entre governo e oposição no final de semana terem fracassado. Na Câmara dos Representantes, onde o Partido Republicano detém a maioria dos assentos, também está sendo elaborado um projeto que aumenta o teto de endividamento e prevê medidas para reduzir o déficit orçamentário. O plano democrata deve ser colocado em debate no Senado e pode ser submetido a votação no plenário na terça-feira.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou nesta segunda que o governo e a oposição republicana precisam alcançar um acordo ''hoje'' para pôr fim ao impasse sobre o limite da dívida pública do país e, assim, evitar o risco de calote.

No próximo dia 2 de agosto, os Estados Unidos devem ultrapassar o chamado ''teto de sua dívida'', que é de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões).

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''Eles precisam de um projeto que, com total certeza, seja aprovado nas duas casas do Congresso. É aceitável para o presidente e que deve acontecer hoje. Existe muita política envolvida, mas tem de ser feito - não há escolha, não há alternativas, o fracasso não é uma opção", afirmou o secretário. As informações são da Dow Jones com BBC Brasil

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