O grupo Odebrecht pode usar parte dos recursos provenientes da futura venda de sua participação de 50,1% na Braskem para pagar outros credores além dos bancos, que detêm praticamente todas as ações da petroquímica como garantia de empréstimos ao grupo. Isso pode implicar que esses bancos fiquem com fatia menor na Braskem. Ou seja, recuperem valor inferior ao que tinham garantido. Essa deve ser a tônica das negociações do conglomerado com bancos, que ainda não foi iniciada. O grupo pretende mostrar que não há outra saída aos bancos a não ser ceder, mesmo que tenham parte de suas dívidas fora da recuperação judicial. A Odebrecht vê na Braskem o ativo de maior valor e liquidez para enfrentar um passivo que alcança R$ 100 bilhões. A petroquímica vale R$ 28 bilhões.