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Oferta da CSN por Cimpor fracassa, dizem jornais portugueses

Resultado oficial das negociações deve ser conhecido na terça-feira, 23. 

Por Reuters
Atualização:

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) fracassou em sua tentativa de conseguir 33% mais uma ação da portuguesa Cimpor, em uma batalha pela cimenteira que teve início em dezembro e atraiu as também brasileiras Camargo Corrêa e Votorantim, noticiou a imprensa portuguesa nesta segunda-feira, 22.

 

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Segundo matérias publicadas nos sites do Jornal de Negócios e do Diário Económico, o acionista Manuel Fino não se dispôs a vender sua fatia de 10,7% no capital da Cimpor para a companhia do empresário Benjamin Steinbruch.

 

O Jornal de Negócios informou ainda que um fundo do banco Millenium, que detém outros 10% da Cimpor, também não aceitou se desfazer das ações da cimenteira pelos termos propostos pela CSN.

 

O resultado oficial da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da CSN pelas ações da Cimpor deverá ser oficialmente conhecido na terça-feira, dia 23. Procurada pela Reuters para comentar o assunto, a CSN não se manifestou.

 

A siderúrgica brasileira ofereceu 6,18 euros por ação da Cimpor e condicionou o sucesso de sua OPA, cujo prazo para adesão terminou nesta segunda-feira, à aceitação de ao menos 33% mais uma ação.

 

Originalmente, quando lançou sua proposta em meados de dezembro, a CSN apresentou valor de 5,75 euros por ação da Cimpor, com objetivo de assumir o controle do grupo português que está entre as 10 maiores cimenteiras do mundo e tem forte presença no Brasil. Porém, a proposta inicial e a revisada foram refutadas pelo Conselho de Administração da Cimpor. No meio tempo, a Votorantim e a Camargo Corrêa entraram na briga e acabaram por garantir fatias relevantes na Cimpor.

A Votorantim comprou um total de 21,2% da Cimpor, a maior parte por meio de troca de ativos com a francesa Lafarge, e fechou acordo de acionistas com o banco português Caixa Geral de Depósitos (CGD), dono de outros 9,6% da cimenteira.

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A Camargo Corrêa, enquanto isso, conquistou 31% da Cimpor. Nos acordos com sócios da cimenteira portuguesa que tiveram os termos financeiros revelados, a empresa brasileira aceitou pagar 6,50 euros por ação da Cimpor, ou seja, preço 5,2% acima da melhor oferta da CSN.

Para a CSN, a compra da Cimpor representaria se tornar um ator de peso no mercado global de cimento. A siderúrgica entrou nesta área no ano passado, com a inauguração de uma fábrica no Estado do Rio de Janeiro. (Cesar Bianconi)

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