27 de outubro de 2010 | 15h05
A tarifa de interconexão - paga pela operadora que origina para a empresa que termina a chamada - impede que as ligações entre duas redes sejam mais baratas. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a redução de 10% em 2011 e 10% em 2012 das tarifas de ligações entre fixos e celulares. Ela serve de referência para as tarifas de ligações entre celulares. A Oi defende uma queda maior.
"Sou presidente da Acel (associação de celulares), então não posso falar muito", disse Falco, durante o evento Futurecom, em São Paulo. A tarifa de interconexão é uma fonte importante de receita para as operadoras móveis, e remunera as empresas pelos clientes pré-pagos que quase não fazem ligações.
Ele se queixou da falta de números para a operação em São Paulo. A Anatel trabalha num novo código de área, 10, que conviveria com o 11 na Grande São Paulo, mas a implementação foi adiada. "Para continuar a crescer, precisamos de números", afirmou o presidente da Oi.
Falco se mostrou contrário à definição de tarifas para a oferta de infraestrutura no atacado. "Muita gente sabe que somos a maior vendedora de infraestrutura do Brasil, mas o que pouca gente sabe é que também somos a maior compradora", disse Falco. "Em qualquer lugar do mundo em que não existe retorno de investimento, as empresas não investem."
Ele também criticou o impedimento às concessionárias de oferecerem TV a cabo. "Eu não entendo isso, principalmente nas cidades que não têm o serviço." Existe um projeto de lei no Senado, chamado PLC 116, para mudar essa regra. Segundo Falco, a oferta de TV via internet, com a tecnologia conhecida por IPTV, viabilizaria o investimento em banda larga.
O presidente da Oi se manifestou contrariamente à decisão da Anatel de não permitir as operadoras que já possuem operação de celular de participar do leilão da banda H, a última licença de terceira geração (3G), marcado para dezembro, e defendeu tributação zero para banda larga popular.
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