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Oi emite US$ 880 milhões em títulos da dívida, com juro de 8,75%

Empresa, que está em recuperação judicial, ofereceu garantias contra eventual calote; demanda foi alta e reduziu a taxa, inicialmente projetada em 9,5%

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

A operadora Oi emitiu US$ 880 milhões (mais de R$ 4,5 bilhões) em títulos de dívida de cinco anos, com opção de recompra em três anos, oferecendo ao investidor taxa de 8,75% ao ano. A demanda chegou a US$ 3 bilhões, disseram fontes que acompanham a operação. Com a demanda, a empresa conseguiu reduzir a taxa de retorno, que originalmente era de 9,5%.

A empresa, que está em recuperação judicial, também oferece garantias aos subscritores dos títulos. De acordo com uma fonte, as garantias compreendem penhor sobre o direito de uso do espectro das frequências do sinal de telefonia móvel e uma conta de reserva de proteção caso haja novo calote. 

A operadora Oi, que está em recuperação judicial, emitiu US$ 880 milhões em títulos da dívida, com juro de 8,75%. Foto: Paulo Vitor/Estadão

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Serão destinados mensalmente R$ 670 milhões, que darão garantia a empréstimos tomados pela empresa junto ao BNDES e R$ 200 milhões para garantir o título, caso haja calote.

A garantia favorece a operação, além do fato de a companhia ter um plano de organização de suas operações, além de estar realizando vendas de ativos, para saída do processo de recuperação judicial. Investidores olham para esse horizonte, com perspectiva lucrar com investimento feito agora. 

Empréstimo anterior

Os recursos serão usados para liquidar um empréstimo do tipo tomado da Farallon Capital. O montante devido soma US$ 780 milhões, de acordo com fontes que acompanham a apresentação da empresa. Ao liquidar essa dívida, a Nova Oi libera ações da Oi Móvel que foram dadas em garantia e será vendida para as rivais TIM, Vivo e Claro por R$ 15,8 bilhões.

O financiamento da Farallon foi concedido no início de 2020, com emissão de debêntures que vencem em janeiro de 2022, pagando juros de 13,61%. Os recursos foram necessários para que a Oi conseguisse contornar uma situação apertada de liquidez para suas operações e dar vazão a um plano de reorganização da companhia, que envolve a concentração de suas operações em serviços e a venda de sua infraestrutura de fibra ótica e da Oi Móvel. 

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