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Oi tem prejuízo 24% maior no segundo trimestre

Receitas da empresa de telecomunicação caíram 8,2% e levaram a operadora a registrar prejuízo de R$ 1,559 bilhão

Foto do author Luana Pavani
Foto do author Circe Bonatelli
Por Luana Pavani e Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

A empresa de telecomunicação Oi informou nesta quarta-feira, 15, que registrou prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 1,559 bilhão, 24% maior do que no segundo trimestre de 2018.

A receita líquida de serviços da operadora caiu 8,2% na comparação entre o segundo trimestre de 2018 e o mesmo intervalo de 2019, indo a R$ 5,004 bilhões. A baixa foi observada em todas as linhas de atuação da operadora: residencial (-12,1%), móvel (-3,7%) e corporativo, também chamado de B2B (-7,0%).

A Oi encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 12,573 bilhões. Foto: Nacho Doce/Reuters

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Em sua apresentação de resultados, a tele avaliou que os segmentos continuam sendo afetados pela queda do tráfego de voz e pelo corte nas tarifas reguladas de interconexão. Por outro lado, o crescimento da receita de dados do segmento de mobilidade pessoal, da receita de banda larga via fibra ótica FTTH e de TI corporativo compensaram parcialmente essa queda. 

A operadora acrescentou que o crescimento da base de clientes de fibra e o de clientes de planos de celular pós-pago também vêm ajudando a compensar parte da queda do faturamento consolidado.

A base total de clientes caiu 5,4%, para 55,870 milhões. No segmento residencial houve baixa de 9,1%, em mobilidade queda de 4,9%, enquanto no corporativo teve alta de 3,4%.

No setor residencial, a Oi perdeu clientes de linhas fixas (-11,9%), banda larga (-7,5%), mas aumentou em TV paga (1,6%). A receita média por usuário no setor residencial diminuiu 0,6%, para R$ 78,6 por mês. A companhia disse que vem acelerando os investimentos em fibra ótica para substituir a banda larga por fios de cobre e reverter a perda dos usuários em banda larga.

No setor móvel, a Oi perdeu 11,1% da sua base de clientes de planos pré-pagos, mas mostrou um avanço de 21,3% na base de pós-pagos. A tele avaliou que o pré-pago segue uma tendência de retração no mercado e continua sendo impactado pela lenta recuperação econômica e altas taxas de desemprego. Além disso, muitos clientes têm optado por migrar para o pós-pago, onde a tele tem feito ofertas mais competitivas. O arpu do setor móvel ficou em R$ 16,09, leve alta de 0,2%.

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No setor corporativo, a Oi perdeu clientes de linhas fixas (-4,5%) e banda larga (-5,0%), mas ampliou os assinantes de planos móveis (16,8%) e TV paga (6,3%). A estratégia da companhia para incrementar a receita é intensificar a oferta por soluções digitais e de TI, melhorando o mix de receitas e atendendo ao crescimento das demandas por projetos corporativos.

Dívida aumentou

A Oi encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 12,573 bilhões, valor 25,5% maior do que no mesmo período do ano passado. Nesse período, a dívida bruta subiu 10,8% e foi a R$ 16,868 bilhões. O dinheiro disponível em caixa recuou 17,4%, para R$ 4,3 bilhões.

Os investimentos da empresa totalizaram R$ 3,786 bilhões no primeiro semestre, 52% mais do que no mesmo período do ano passado. Com isso, a Oi atingiu 54% da meta de investimento no ano, de R$ 7,0 bilhões, focados na expansão do serviço de banda larga de fibra para casa , além do aumento da cobertura móvel 4G e 4,5G.

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