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Oi vai manter estratégia de 'provocação'

Por SABRINA VALLE
Atualização:

A operadora de telecomunicações Oi manterá sua estratégia de mercado mesmo com a mudança na presidência da companhia prevista para o segundo semestre, com a saída do presidente Luiz Eduardo Falco. A afirmação é da diretora de marketing da Oi, Flávia Bittencourt, feita hoje em teleconferência para explicar a recém-lançada campanha da operadora, que desvincula o preço dos celulares das contas de telefone."(A estratégia) tem a ver com uma crença que a Oi tem de provocar o mercado a ser mais transparente", afirmou. "Essa crença tem a ver com a marca da Oi, e não com as pessoas que dirigem a companhia, ela é muito maior do que as pessoas que dirigem a companhia", afirmou a jornalistas.A estratégia foi lançada dias antes da divulgação do balanço do primeiro trimestre da Oi, marcado para a próxima quinta-feira, em que analistas esperam um resultado negativo, incluindo números desanimadores sobre base de clientes. O entendimento é que, ao focar em geração de caixa no ano passado, a operadora perdeu oportunidades na ampliação da base. A diretora de marketing diz que a campanha já está no ar e que a data da teleconferência às vésperas do balanço foi coincidência.Flávia nega que a campanha, que inclui ofertas para DDD, seja uma resposta à estratégia da TIM de oferecer ligações ilimitadas de DDD a R$ 0,50. Segundo ela, a estratégia da Oi é oferecer bônus aos clientes a cada ligação para serem usados em longa distância."A gente acredita que não é que você queira fazer chamadas longas, natural do cliente é fazer várias ligações", afirmou.Segundo Flávia, a campanha segue a linha de campanhas anteriores da Oi, em que, segundo ela, a operadora se posicionou de forma pioneira permitindo o fim do bloqueio e da multa de fidelização. A estratégia é mostrar que não há aparelho grátis e explicitar os subsídios oferecidos pelas operadoras.Em São Paulo, onde a empresa recentemente admitiu ter resultados que poderiam ter sido melhores, Flávia afirmou que a companhia pretende focar no interior, depois de ter crescido na capital. Na região I, que inclui o Rio de Janeiro, e na II, da antiga Brasil Telecom, a aposta é no Oi Conta Total, que reúne fixo, móvel e banda larga.

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