29 de outubro de 2014 | 09h47
"Nós não vemos muita mudança nos fundamentos. A demanda continua a crescer, a oferta também é crescente. A Opep está revisando a situação", disse o secretário-geral da Opep, Abdullah al-Badri, em Londres, onde participou da conferência Oil & Money, um evento anual da indústria.
"A coisa mais importante é que não se deve entrar em pânico", disse ele.
O preço do petróleo de referência, o tipo Brent, perdeu mais de um quarto de seu valor de mais de 115 dólares por barril registrado em junho, com oferta abundante de petróleo de alta qualidade superando a demanda em vários mercados.
O Brent era negociado em alta de 1 por cento por volta das 9h (horário de Brasília), a 86,89 dólares por barril.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo deverá se reunir em 27 de novembro, em Viena, para discutir metas de produção.
A queda acentuada dos preços do petróleo gerou questões sobre a possibilidade de o grupo de produtores cortar sua produção para sustentar o mercado.
Badri não falou se a Opep precisa cortar a produção.
Ele disse no mês passado que esperava que o grupo reduzisse sua meta de produção de petróleo na reunião de Viena, o que seria o primeiro corte oficial corte desde a crise financeira de 2008.
A Opep tem agora uma meta de produção de 30 milhões de barris por dia (bpd), e Badri sugeriu no mês passado que este volume deve ser cortado para cerca de 29,5 milhões de bpd.
(Por Alex Lawler)
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