Mesmo ocupando desde o início de 2010 um dos mais cobiçados cargos da publicidade brasileira, o presidente da Young & Rubicam, Marcos Quintela, ainda é lembrado por seu passado como um dos integrantes do Grupo musical Dominó, que no final dos anos 80 enlouquecia as adolescentes brasileiras. "As pessoas até hoje mexem comigo, mesmo em reuniões mais sérias, de negócios. No final sempre pedem pra eu cantar", diz ele.
O bom humor do executivo, que se diverte com as brincadeiras, se apóia em resultados que impõem respeito e mostram por que ele foi escolhido por Roberto Justus para se tornar o seu braço direito na agência. Em 2010, a receita da Young & Rubicam cresceu 15% em comparação ao ano anterior, e contas muito importantes foram conquistadas, como Ponto Frio, IBGE e Elo.
2 - Os bastidores das campanhas da agência e o aumento do poder aquisitivo da classe média
Modesto, Quintela diz que tudo é fruto do trabalho em equipe. "Temos 456 colaboradores. Gosto de sentir a vibração das pessoas," diz o executivo, que venceu o Caboré em 2008, como profissional de atendimento. "Foi uma emoção indescritível. Ganhar foi muito bom. Mas os resultados são, na minha opinião, mais importantes do que os prêmios."
Descendente de portugueses, Quintela conta que herdou do pai a veia empreendedora e o tino para os negócios . "Desde a época do Dominó eu já me interessava por questões de marketing e royalties. Hoje trabalho até doze horas por dia, mas isso não é massacrante pra mim. É coisa de imigrante mesmo."