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Pandemia pode nos deixar catatônicos, mas também pode nos reinventar

Era necessário explorar novas formas de narrativas, mas sem sair da minha praia: a comunicação

Por Washington Olivetto
Atualização:

No fim de 2019, percebi que o mundo ia mudar e que eu tinha de mudar também. Sem sair da minha praia – a comunicação – resolvi fazer outras coisas.

Comecei aceitando o convite d’O Globo para escrever às segundas feiras, de 15 em 15 dias, uma coluna para a página 3 do jornal. Gostei do espaço proposto, porque a página 3 me dá a oportunidade de escrever algo mais leve num espaço tradicionalmente mais sisudo.

Não tinha cabimento lançar um podcast sem uma produção requintada e um grande patrocinador Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Junto com o convite do jornal, aceitei também o convite da rádio CBN para comentar o assunto da coluna, em um programete chamado Direto de Londres.

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Oficializadas essas participações, resolvi também fazer algo que nunca tinha feito: um podcast. 

Pra isso me juntei ao meu amigo Ricardo Scalamandré, que ficou responsável pela produção e comercialização do projeto. 

Não tinha cabimento. Eu, que vivi desde os 18 anos de idade dentro de uma agência de publicidade, lançar um podcast sem uma produção requintada e um grande patrocinador. Tivemos a sorte de fechar com o primeiro que procuramos: a Bradesco Seguros. 

A primeira temporada dos podcasts foi feita só com áudio para ser veiculada nas plataformas Spotify, Deezer, Apple, Google e Amazon. Em cada podcast eu conto histórias da minha vida, ilustradas por canções que realçam o momento em que a história ocorreu. As canções foram especialmente gravadas em versões instrumentais, para mexer com a memória e a imaginação dos ouvintes que, graças às melodias, acabam recordando as letras e suas mensagens.

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Os podcasts foram um sucesso. Ficaram entre os 200 mais ouvidos do Brasil, num universo que hoje já abrange mais de 1 milhão de podcasts. Devido ao sucesso da primeira série, resolvemos partir para a segunda, contando com o prestígio do mesmo patrocinador. A segunda temporada é mais pretensiosa porque, além de todas as plataformas de áudio, tem também o YouTube, na sua versão audiovisual. 

Nessa série eu converso com amigos direto da minha casa. Mas não são entrevistas, são conversas. Sem tempo determinado para acabar, nem regras estabelecidas. Onde interrupções e surpresas vindas de qualquer uma das partes, são sempre bem-vindas. 

Nesses bate-papos, divido as atenções com Lulu Santos, João Carlos Martins, Maria Prata, Joaquim Ferreira dos Santos, Nelson Motta, Raí, Malu Mader, Pedro Bial, Ricardo Freire, Edson Celulari, Roberta Sudbrack, Paulo Müller, Roberto Medina, Ricardo Amaral, Jorge Ben Jor, Andrucha Waddington, Paula Toller e Boni. 

A repercussão tem sido enorme. Mostra que momentos dramáticos, como uma pandemia, podem nos deixar catatônicos, mas também podem nos levar a reinvenção, através da criatividade. 

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