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Pedidos de recuperação judicial atingem o maior nível em 10 anos

Nos quatro primeiros meses de 2016, o volume de pedidos cresceu 97,6%, puxado pelas micro e pequenas empresas

Por Maria Regina Silva
Atualização:
Micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial Foto: Clayton de Souza/Estadão

SÃO PAULO - O alongamento da recessão econômica segue dificultando a situação financeira de muitas empresas do País. Nos quatro primeiros meses deste ano, o porcentual de recuperações judiciais requeridas cresceu 97,6%, alcançando o maior nível para esta base de comparação desde 2006. É o que mostra o Indicador Serasa Experian de Falência e Recuperações.

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No primeiro quadrimestre de 2016, foram 571 ocorrências, em relação a um total de 289 apresentadas de janeiro a abril de 2015. Só no quarto mês deste ano ante o anterior, houve elevação de 2,5% nos requerimentos de recuperação judicial, ou 162 pedidos. No confronto com abril de 2015, a alta foi de 65,3% (também com 162).

"O prolongamento e a ampliação do atual quadro recessivo da economia aliada à elevação dos custos operacionais e financeiros têm levado a recordes consecutivos dos requerimentos de recuperações judiciais", avaliam, em nota, os economistas da Serasa.

As micro e pequenas empresas lideraram o ranking de falências e recuperações judiciais com 327 pedidos, entre janeiro e abril de 2016, e também na comparação mensal (98). Na sequência, no primeiro quadrimestre, aparecem as médias empresas com 149 ocorrências, e 40 pedidos no mês, e as grandes companhias, com 95 nos três primeiros meses do ano (24 em abril).

A Serasa ainda informa que no primeiro quadrimestre deste ano foram realizados 523 pedidos de falências no País, o que significa alta de 4,0% em relação a igual período de 2015. Do total de requerimentos de falência efetuados de janeiro a abril, 271 foram de micro e pequenas empresas, na comparação com 264 em igual período de 2015. Já as médias empresas tiveram 130 ocorrências, após 110 nos primeiros três meses do ano passado, enquanto as grandes companhias computaram 122 (ante 129), conforme a Serasa. 

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