
26 de agosto de 2010 | 16h01
"A discussão central ainda é sobre preço. A Petrobras não está querendo 8 dólares de jeito nenhum", afirmou, pedindo anonimato.
Segundo fontes, a Petrobras quer um preço próximo de 6 dólares por barril. O governo, de outro lado, não aceitaria um valor menor que 8 dólares.
Esse preço será multiplicado pelo volume de barris de petróleo que será concedido à companhia, a chamada cessão onerosa. Quanto maior o preço, maior o peso da União na capitalização, mas pode significar um volume de recursos menor para a Petrobras, que precisa do dinheiro para seu volumoso plano de investimentos.
O ministro disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definirá a questão do preço do barril de petróleo que será usado na capitalização da Petrobras o mais rápido possível, assim que tiver os dados completos sobre o assunto, disse um ministro nesta quinta-feira.
"O martelo será batido pelo presidente", disse a fonte, acrescentando que Lula vai arbitrar a questão que colocou governo e Petrobras em confronto.
O governo deverá receber na próxima segunda-feira o relatório final da certificadora contratada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para avaliar o preço do barril de petróleo das reservas da União.
Os ministros da Minas e Energia, Marcio Zimmermann; da Casa Civil, Erenice Guerra; da Fazenda, Guido Mantega e o presidente da Petrobras, José Sergio Gabirelli, assistiram na quarta-feira apresentações das certificadoras sobre o trabalho preliminar realizado nas reservas não licitadas da bacia de Santos.
(Por Natuza Nery )
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