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Petrobras confirma extensão de Júpiter e vê 'grande jazida'

A Petrobras informou ao mercado nesta quarta-feira que a perfuração do poço nomeado como Apollonia comprovou a extensão da descoberta na área de Júpiter, onde a empresa disse ter encontrado "grande" reserva de petróleo, gás e condensado, no pré-sal da Bacia de Santos. O poço, registrado como 3-BRSA-1246-RJS (3-RJS-732), é o quarto perfurado na área de Júpiter, situado a 296 km do litoral do Rio de Janeiro. Por ser identificado com o código 3, refere-se a um poço exploratório de extensão, que visa delimitar a acumulação de petróleo em um reservatório. A descoberta, em lâmina d´água de 2.183 metros, está a 8 km a sudoeste do poço descobridor da jazida de Júpiter. "A perfuração comprovou uma coluna de hidrocarbonetos de cerca de 313 metros, a partir de 5.166 metros de profundidade, com rochas apresentando boas condições de porosidade e permeabilidade", afirmou a estatal em nota ao mercado. O comunicado também informa que o quarto poço constatou uma coluna de óleo de cerca de 87 metros de espessura e que permanecerá a ser perfurado, já que tem como objetivo atingir a profundidade final de aproximadamente 5.700 metros. A Petrobras explicou que amostras coletadas no poço apresentaram características semelhantes às encontrados no poço pioneiro de Júpiter e nos dois poços de extensão já perfurados. As descobertas dos quatro poços de Júpiter, segundo a Petrobras, indicaram uma "grande jazida" de gás (gás natural e CO2), condensado e óleo. De acordo com informações no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras comunicou à autarquia sobre resultados do quarto poço de Júpiter em 11 de agosto. Um outro comunicado de descoberta de gás e óleo deste mesmo poço havia sido informado à agencia reguladora em 22 de julho. Júpiter fica no bloco BM-S-24, que foi arrematado somente pela Petrobras na terceira Rodada de Licitação de Blocos Exploratórios de Petróleo da ANP, por 324.354 reais, em 2001. Atualmente, o bloco permanece operado pela Petrobras, com 80 por cento de participação, em parceria com a Petrogal Brasil, que tem os 20 por cento restantes. As empresas, que permanecem realizando o Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) de Júpiter, não deram estimativas de volumes para a área. Apenas quando o PAD for concluído e quando a empresa tiver dados que comprovem a comercialidade da área, a Petrobras poderá apresentar a Declaração de Comercialidade para a ANP.

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Por Redação
Atualização:

(Por Marta Nogueira)

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