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Petrobras: Detalhes sobre Carioca devem sair até fim do mês

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Por Redação
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A Petrobras deve ter informações mais detalhadas sobre a área de Carioca, na bacia de Santos, até o final desse mês, disseram autoridades da empresa na terça-feira, evitando entretanto especular sobre o tamanho da reserva. "Achamos que temos uma possibilidade bem grande. Não posso dar uma extensão precisa", disse o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, durante o Offshore Technology Conference. A área de Carioca é uma sociedade da Petrobras com a Repsol-YPF e o BG Group e fica próximo ao campo de Tupi, onde no ano passado foram anunciadas reservas potenciais na camada pré-sal entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural. No mês passado, o presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, afirmou que fontes oficiosas da Petrobras informaram à agência que a reserva de Carioca teria 33 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Informações mais específicas devem estar disponíveis até o fim do mês, quando os resultados do último poço testado na região localizada na camada do pré-sal devem sair, afirmou o diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella. "Ainda estamos perfurando esse poço", disse Estrella. Cinco poços foram perfurados e três plataformas estão dedicadas ao trabalho no projeto, disse Gabrielli. "Temos várias atividades de perfuração no momento", afirmou. "Suspeitamos que temos enormes hidrocarbonetos na área. Não sabemos se são contínuos ou não", disse Gabrielli, sem saber se as recentes descobertas são parte de uma única estrutura. De acordo com o executivo, as oportunidades que estão se abrindo para a Petrobras na área pré-sal demandarão um aumento nos gastos planejados e poderão levar a mais investimentos em plataformas de perfuração. O orçamento atual, até 2012, é de 112,7 bilhões de dólares, mas um novo orçamento será divulgado em julho para acomodar a exploração e o desenvolvimento de Carioca, disse Gabrielli. A disponibilidade de plataformas é satisfatória até agora para todas as atividades da Petrobras, mas isso pode mudar, completou. "Se tivermos uma demanda muito grande, podemos pensar em termos de uma aliança estratégica para ter uma oferta mais definida de plataformas de perfuração", disse, acrescentando que a Petrobras vai precisar aumentar seu endividamento para financiar a nova atividade de desenvolvimento. O endividamento está agora em 19 por cento e pode chegar a 30 por cento, segundo Gabrielli. Segundo o executivo, este ano deverão ser captados 5 bilhões de dólares. Os objetivos estratégicos incluem o aumento de produção para 3,2 milhões de barris por dia até 2012 e 4,2 milhões de bpd até 2015, ante 2,3 milhões bpd atualmente, de acordo com Gabrielli. Ele também destacou os planos de elevar a capacidade de refino de menos de 2 milhões de bpd atualmente para 3 milhões, além de triplicar a entrega de gás natural para 134 milhões de metros cúbicos. (Por Bruce Nichols)

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