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Petrobras e Astra colidem na gestão da refinaria de Pasadena

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Por Redação
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A Petrobras e a Astra Holdings, parceiras com 50 por cento cada na refinaria de Pasadena, nos EUA, trombaram de frente na gestão da companhia e o futuro do empreendimento vai ser determinado, possivelmente, por processo de arbitragem. A Petrobras, que comprou metade da refinaria em 2006 e já havia manifestado desejo de levar a outra metade, deverá ficar com o controle total do empreendimento, já que a Astra decidiu excercer o direito de sair do negócio. A questão agora é o preço, onde entra a questão da arbitragem e também detalhes do contrato entre as duas. A Petrobras informou em comunicado que "o preço a ser pago é estabelecido por um mecanismo determinado contratualmente". A estatal brasileira pagou 360 milhões de dólares pelos 50 por cento da refinaria em 2006, que tem capacidade para processar 100 mil barris diários de petróleo. Por diversas vezes a Petrobras disse que teria interesse em dobrar a capacidade da unidade. Os problemas entre as duas na gestão da companhia não ficaram claros, apesar dos comunicados divulgados pelas empresas. "Após a falta de concordância entre as partes no conselho diretor da entidade, a Transcor Astra Group também exerceu seu direito de colocar para a Petrobras esse ativo", disse a companhia belga NPM/CNP, que controla a Astra. A companhia disse que iniciou processo nos EUA para proteger seus interesses na companhia, incluindo o direito de vender. Já a Petrobras disse que havia entrado com processo arbitral ainda antes, em 19 de junho, "para resolver problemas relacionados à falha, pelo Transcor Astra, em cumprir com suas obrigações contratutais na operação". A estatal não disse se ficará com a outra metade, apesar de já ter demonstrado interesse nisso e dos altos preços do petróleo favorecerem o negócio. "A Petrobras, através de seus advogados e consultores, está analisando as condições dessa opção de venda do Transcor Astra", informou a empresa. A brasileira já declarou ter interesse em elevar sua participação no mercado de petróleo e derivados dos Estados Unidos [nN16364649]. (Por Marcelo Teixeira; Edição de Denise Luna)

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