30 de março de 2010 | 12h10
A petroleira fez empréstimos junto a agências estatais e mercados de bônus para pagar pelos gastos de capital, que agora podem chegar a 220 bilhões de dólares até 2014, com o principal objetivo de ajudar a desenvolver a reservas de petróleo na região do pré-sal.
Parte desse investimento deve ser financiado por um plano de capitalização, que dará indiretamente ao governo novas ações em troca de direitos em campos petrolíferos. O governo vai pagar pelas ações com título públicos e a Petrobras devolverá esses títulos em troca de reservas não licitadas do pré-sal.
"Nós reservamos a primeira metade deste ano para fazer essa transação (aumento de capital)", disse Barbassa a repórteres, após uma apresentação a investidores em Nova York.
"Não pretendemos ir aos mercados nesse período porque estamos bastante confortáveis, financiados com todos os empréstimos que levantamos", completou ele.
A Petrobras espera conseguir até maio a aprovação no Congresso para o plano de capitalização, visando concluir a operação até o final de julho, antes das eleições presidenciais brasileiras, disse Barbassa.
O plano de capitalização já foi aprovado pela Câmara e agora será discutido no Senado.
Barbassa afirmou que a Petrobras não tem um plano alternativo se o Congresso não aprovar a capitalização.
"No momento, não estamos trabalhando com nenhuma outra possibilidade. Não temos motivo para acredita que não será aprovado", disse ele.
Na semana passada, o gerente de Relações com Investidores da Petrobras, Alexandre Quintão, informou que se a capitalização não for aprovada no Congresso a empresa poderá emitir ações preferenciais ou mesmo reduzir o total de investimentos previstos até 2014.
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