PUBLICIDADE

Publicidade

Petrobras reduz ao mínimo uso de gás para atender ao mercado

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

A Petrobras está usando o mínimo possível de gás natural em suas refinarias e tem na manga outros trunfos para injetar mais gás no mercado se for necessário, como a suspensão temporária da operação das suas fábricas de fertilizantes, informou o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. Convocada pelo governo a reduzir seu consumo de gás para conseguir atender ao aumento de demanda de gás para térmicas a fim de gerar energia devido à falta de chuvas, a estatal está substituindo onde pode o uso do produto, inclusive nas suas plataformas, onde o gás é injetado nos poços para otimizar a produção. "Temos plano de contingência nas refinarias e podemos usar GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), nafta, óleo combustível para substituir o gás natural...há uma substituição razoável e dá para disponibilizar para o setor elétrico um volume razoável sem alterar a qualidade dos nossos produtos", garantiu Costa em entrevista à Reuters nesta terça-feira. Desde outubro do ano passado os reservatórios das hidrelétricas brasileiras vêm perdendo volume, devido a uma das piores estiagens já ocorridas no país, e para preservar o nível desses reservatórios o Operador Nacional do Sistema tem convocado usinas térmicas a operar. Muitas dessas térmicas usam gás natural, que por sua vez tem oferta limitada. Costa não pôde precisar qual o volume de gás que está sendo economizado pela empresa, mas afirmou que numa situação de emergência é possível também interromper a operação das fábricas de fertilizantes da Petrobras, uma na Bahia e outra em Sergipe. "Elas (as fábricas) estão operando, mas como não podem ter substituição de gás é possível que possam parar numa emergência", disse Costa. Descartando uma situação crítica no setor de energia e afirmando estar cumprindo o Termo de Compromisso firmado com a agência reguladora do setor elétrico, Aneel, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, informou, sem dar detalhes, que o plano de contingência já foi implantado "há alguns dias". "Para produzir petróleo, rodar refinarias, produzir refinados precisa de petróleo e gás...nós vendemos gás e energia elétrica, então combinamos tudo isso em prol do Sistema Petrobras, buscando otimizar o resultado da companhia", afirmou a executiva. Graça disse que no mês de dezembro a estatal fechou com saldo positivo em relação ao Termo de Compromisso da Aneel e que às vezes a operação mais fraca de um dia é compensada em outro, decorrendo em um saldo positivo na média mensal. "Existem controvérsias com relação a essa disponibilidade, mas o fato é que nós estamos fazendo um esforço para estar disponível, a Petrobras nunca gerou tanta energia elétrica", afirmou Graça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.