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Petrobrás resiste em aceitar valor de US$ 8 para barril de petróleo

Segundo fonte próxima das negociações, estatal quer preço próximo de US$ 6 por barril

Por Reuters
Atualização:

A Petrobrás resiste em aceitar um valor em torno de US$ 8 pelo barril das reservas de petróleo da União que deverão ser trocadas por ações da companhia, disse um ministro do governo próximo das negociações que estão ocorrendo em Brasília.

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"A discussão central ainda é sobre preço. A Petrobrás não está querendo US$ 8 de jeito nenhum", afirmou, pedindo anonimato.

Segundo fontes, a Petrobrás quer um preço próximo de US$ 6 por barril. O governo, de outro lado, não aceitaria um valor menor que US$ 8.

Esse preço será multiplicado pelo volume de barris de petróleo que será concedido à companhia, a chamada cessão onerosa. Quanto maior o preço, maior o peso da União na capitalização, mas pode significar um volume de recursos menor para a Petrobrás, que precisa do dinheiro para seu volumoso plano de investimentos.

O ministro disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definirá a questão do preço do barril de petróleo que será usado na capitalização da Petrobrás o mais rápido possível, assim que tiver os dados completos sobre o assunto, disse um ministro nesta quinta-feira.

"O martelo será batido pelo presidente", disse a fonte, acrescentando que Lula vai arbitrar a questão que colocou governo e Petrobrás em confronto.

O governo deverá receber na próxima segunda-feira o relatório final da certificadora contratada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para avaliar o preço do barril de petróleo das reservas da União.

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Os ministros da Minas e Energia, Marcio Zimmermann; da Casa Civil, Erenice Guerra; da Fazenda, Guido Mantega e o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabirelli, assistiram na quarta-feira apresentações das certificadoras sobre o trabalho preliminar realizado nas reservas não licitadas da bacia de Santos.

(Por Natuza Nery )

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