10 de outubro de 2014 | 09h25
Um rápido aumento da produção de petróleo na América do Norte e o crescimento econômico fraco aumentaram as expectativas de que a Opep reduzirá a produção quando se reunir em novembro, visando conter uma queda de quase 25 por cento do preço do Brent desde junho.
Mas nesta sexta-feira a Arábia Saudita disse que elevou sua produção de petróleo em 100 mil barris por dia (bpd) em setembro, levantando dúvidas se o maior exportador do mundo estará preparado para tomar medidas unilaterais.
"É o modo pânico. Pânico e capitulação. Estamos agora em território desconhecido", disse o analista de commodities Carsten Fritsch, do Commerzbank.
"A queda provavelmente continuará até que a Opep diga que o suficiente é o suficiente."
O Brent para entrega em novembro caía 0,71 dólar, a 89,34 dólares o barril, por volta das 8h50 (horário de Brasília), depois de cair mais cedo para 88,11 dólares, seu nível mais baixo desde dezembro de 2010.
O petróleo nos EUA recuava no mesmo horário quase 1 dólar, a 84,79 dólares o barril. Também conhecido como West Texas Intermediate (WTI), a commodity norte-americana atingiu uma mínima de 83,59 dólares, seu nível mais baixo desde julho de 2012.
A produção de petróleo também tem aumentado em outros países membros da Opep, como Iraque e Líbia, disse o grupo em seu relatório mensal de mercado nesta sexta-feira, apesar da violência e da instabilidade em ambos os países.
A produção total da Opep cresceu 400 mil bpd, para 30,47 milhões de barris por dia.
(Por Libby George)
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