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PF prende 4 e encerra caso da Petrobras como crime comum

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Por Redação
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A Polícia Federal anunciou nesta quinta-feira a prisão de quatro envolvidos no roubo de equipamentos com informações sigilosas da Petrobras no mês passado, encerrando o caso como crime comum, e não espionagem industrial. Todos os detidos são vigilantes de uma empresa que opera na região portuária do Rio de Janeiro. Segundo a PF, eles já realizavam pequenos furtos desde setembro de 2007 no porto fluminense. "Com essas apreensões e prisões, o furto dos computadores foi resolvido e elucidado", disse em entrevista coletiva o superintendente regional da Polícia Federal no Rio, Valdinho Jacinto Caetano. "Está absolutamente descartada a hipótese de busca de empresas por informações sigilosas, pirataria, ou algo industrial. O que se estabeleceu foi um crime comum. Eles não tinham idéia do que havia no interior dos computadores", acrescentou o delegado. Os presos foram detidos na manhã desta quinta-feira em diligências realizadas na zona norte do Rio e na cidade de São Gonçalo, na região metropolitana. Caetano afirmou que parte do material roubado foi revendido e destruído, e que a lista de objetos furtados é maior do que divulgado inicialmente. "Essas pessoas estão sendo procuradas por terem recebido aquele equipamento. Há diligências nas ruas à procura dessas pessoas, que serão autuadas pelo crime de receptação", afirmou o superintende. A PF disse que foram recuperados quatro laptops, uma impressora, um monitor, uma mochila com equipamentos de informática, entre outros equipamentos que teriam sido roubados. Durante as investigações, a polícia havia informado que quatro laptops, dois discos rígidos, dois pentes de memória, um computador clone (com disco rígido com as mesmas informações de outro equipamento), uma impressora e um gravador de DVD tinham sido roubados. A PF chegou a considerar como único linha de investigação a espionagem industrial, segundo disse Caetano a jornalistas na semana passada. Segundo o inquérito, os equipamentos roubados continham informações de uma sonda que trabalhava na bacia de Santos. Inicialmente, o roubo foi denunciado à Polícia Civil de Macaé (RJ) por um funcionário da Halliburton, empresa dona de equipamentos com os dados da Petrobras. Posteriormente a estatal registrou queixa na Polícia Federal. O contêiner saiu do porto fluminense para Macaé no fim do mês passado. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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