
06 de abril de 2016 | 10h50
O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou na segunda-feira a terceira e mais ampla série de regras para combater as chamadas inversões fiscais corporativas, transações pelas quais empresas adotam uma sede em um país que cobra menos impostos, frequentemente comprando uma companhia menor. O presidente norte-americano, Barack Obama, comentou o assunto ontem e descreveu a inversão fiscal como um dos "mais traiçoeiros meios de evasão fiscal que existem".
A decisão da Pfizer é um revés para os esforços de longo prazo da empresa para superar o que o executivo-chefe Ian Read classifica como desvantagem competitiva com concorrentes estrangeiras, que pagam impostos significativamente menores. Em 2014 a Pfizer havia tentado comprar a britânica AstraZeneca.
"Nós permanecemos focados em continuar melhorando o valor do nosso inovador e estabelecido negócio", declarou Read em um comunicado. O executivo-chefe da Allergan, Brent Saunders, por sua vez, comentou em comunicado que sua companhia está decepcionada como fato de a transação com a Pfizer não ocorrer. De todo modo, "a Allergan está pronta para entregar um crescimento forte e sustentável", acrescentou.
Acordos de inversão fiscal se tornaram comuns nos EUA. Assim, acabaram virando um tema da campanha presidencial no país, com certos candidatos atacando as empresas e a fuga de receitas. Pré-candidatos republicanos e democratas criticaram abertamente a transação entre a Pfizer e a Allergan.
(Com informações da Dow Jones Newswires e da Associated Press)
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