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PIB da Agropecuária tem melhor resultado no 3º tri desde 1995

Informação é do coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério de Agricultura, José Garcia Gasques  

Por Gabriela Mello e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário no terceiro trimestre de 2012 é o melhor desde 1995, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IGBE) modificou a metodologia do levantamento, disse à Agência Estado o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério de Agricultura, José Garcia Gasques. "Apesar de ter sido um ano de problemas de seca no Sul e perda de safra, o resultado foi bom", comentou.

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Para o quarto trimestre, Gasques observa que, historicamente, o desempenho do setor tende a ser mais fraco, já que se trata de um período de menor atividade - apenas a colheita dos cereais de inverno ainda se desenrola. Por isso, ele avalia que será difícil reverter a queda de 1% no acumulado de janeiro a setembro deste ano. "Minha avaliação é de que o quarto trimestre não vai influenciar muito esse valor", afirma.

Para o terceiro trimestre de 2013, ele prevê um crescimento mais fraco do que no mesmo período de 2012 por causa do ciclo de baixa produção do café e da provável redução da colheita de milho safrinha. "Vamos trabalhar com números piores porque nesta época temos a concentração dessas atividades e os volumes devem ser menores. A não ser que os preços subam muito, a tendência é de que o crescimento seja menor", explica.

Para o acumulado do ano que vem, entretanto, Gasques é mais otimista, levando em conta uma safra de soja possivelmente recorde. "No balanço geral, vai ser melhor, sem dúvida", diz. Ele observa que boa parte da safra da oleaginosa já foi negociada a preços remuneradores e, mesmo que as cotações dos grãos recuem no próximo ano com a recomposição dos estoques, ainda devem ficar acima da média histórica.

Quanto aos gargalos logísticos esperados para 2013, Gasques afirma que o efeito sobre o PIB não deve ser imediato. "A questão logística é um entrave ao potencial produtivo de áreas em expansão. Minha impressão é de que poderíamos produzir mais, não fossem as condições muito precárias de infraestrutura", diz o coordenador, em referência ao oeste da Bahia, Maranhão e Piauí.

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