SÃO PAULO - O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, disse nesta quarta-feira, 30, que a entidade projeta um crescimento do PIB de 3,2% em 2012 para o País. Também de acordo com ele, a atividade industrial brasileira deve avançar 2,7% no ano que vem comparativamente a este ano. Segundo Francini, os números consideram um cenário ruim para o mundo em 2012, com baixa expansão, particularmente nos Estados Unidos, crescimento negativo na Europa e dúvidas a respeito da China. "É um quadro muito ruim, que tem a possibilidade de ficar péssimo. Mas acreditamos que o Brasil terá condições de enfrentá-lo", afirmou. Na avaliação da Fiesp, o Brasil tem como vantagens um grande nível de reservas e uma dívida pública controlada, além de uma taxa de juros que ainda tem condições de cair. Para a indústria, porém, o cenário não é tão otimista. "O ano de 2011 é um que queremos que seja rapidamente esquecido", afirmou Francini, citando o crescimento da presença de importados no País, motivado por um câmbio favorável aos produtos estrangeiros. De acordo com ele, esse quadro se agravou recentemente com a piora do cenário internacional. "Já sentimos os impactos e reflexo da crise, que tem mexido muito com o humor do mercado e com as linhas de crédito, que têm sido mais seletivas", declarou.