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Plano regulatório de Obama atinge setor industrial e corretoras

Segundo o 'WSJ', novas regras nos EUA podem levar ao fechamento de companhias de empréstimo e corretoras

Por Reuters
Atualização:

O plano de reforma da regulamentação financeira dos Estados Unidos proposto pelo governo de Barack Obama inclui uma cláusula que pode significar uma maior fiscalização das companhias de empréstimo ao setor industrial, podendo levar algumas delas a serem fechadas, informou o Wall Street Journal nesta sexta-feira, 19.

 

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O jornal publicou ainda que a reforma pode derrubar também corretoras de Wall Street por obrigá-las a colocar os interesses dos clientes na frente de seus próprios.

 

Para as concessoras de empréstimo à indústria (ILCs, na sigla em inglês), operadas por companhias não financeiras, o plano anunciado na quarta-feira traz um tópico que demanda que as ILCs sejam registradas como bancos junto ao Federal Reserve.

 

Isso sujeitaria as companhias que operam as ILCs a uma maior fiscalização pelo governo e as colocaria na mesma categoria que a maioria dos grandes bancos norte-americanos.

 

Muitas empresas controladoras de ILCs provavelmente fechariam se a mudança ocorrer, informou o jornal, citando especialistas do setor. Existem 45 ILCs, muitas sediadas em Utah ou Califórnia, com um total de ativos de 232,3 bilhões de dólares, segundo a publicação.

 

No caso das corretoras, a proposta anunciada inclui uma outra cláusula que "estabelece uma obrigação fiduciária para operadores de corretoras oferecendo consultoria de investimento", para ajudar a capacitar o órgão regulador do setor financeiro norte-americano (SEC, na sigla em inglês) a aumentar a confiança para os investidores.

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As corretoras devem, agora, apenas direcionar os clientes em investimentos adequados, não necessariamente aqueles de menor custo ou menos impostos.

 

O jornal informou que um novo padrão fiduciário demandaria que as corretoras revelassem potenciais conflitos de interesses e também as exporia a mais ações judiciais.

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