22 de outubro de 2014 | 14h40
A British Airways, a desenvolvedora alemã de softwares SAP, a empresa do setor de saúde Fresenius Medical Care e o banco suíço UBS estão entre os que buscaram à Porsche nos últimos anos por aconselhamento sobre administração.
Numa indústria em geral criticada por saber mais sobre teoria do que prática, a equipe de mais de 360 pessoas da Porsche Consulting pode tirar proveito da experiência da montadora de ter se recuperado da beira da insolvência duas décadas atrás e virado o motor de lucro de 2,6 bilhões de euros (3,3 bilhões de dólares) da controladora Volkswagen.
Com um fardo de estoques altos e espaço de chão de fábrica desperdiçado, a Porsche teve prejuízo líquido de 122 milhões de euros e vendas de apenas 14 mil modelos 911 quando Wendelin Weideking assumiu o comando em 1993.
Duas décadas e uma aposta em utilitários esportivos (SUVs) depois, as vendas da Porsche aumentaram mais de dez vezes, para 162 mil carros no ano passado, e sua margem operacional é de 17 por cento, em comparação às rivais de luxo BMW e Audi, da VW, que têm retorno sobre vendas por torno de 10 por cento.
A Porsche Consulting ainda é apenas um projeto lateral para a marca de carros de luxo. O negócio gerou 83,5 milhões de euros em receitas em 2013, ante vendas totais da marca de 14,3 bilhões de euros. Seu presidente-executivo, Eberhard Weiblen, mantém cautela no mercado altamente competitivo de consultoria dominado por gigantes como PwC, Deloitte, KPMG, Accenture e McKinsey.
"Os clientes têm demandas maiores e o número de concorrentes está crescendo", disse Weiblen à Reuters. "O negócio de consultoria está se tornando cada vez mais difícil".
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