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Portugal vê com bons olhos investimento brasileiro no país

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Por Redação
Atualização:

O governo português vê com bons olhos o investimento de grandes empresas brasileiras no país, disse nesta terça-feira o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates. No caso da oferta da CSN para comprar a Cimpor, ele disse que a atuação do banco estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai se pautar apenas pelo que for melhor para o futuro da cimenteira. "Vemos com bons olhos o investimento, em particular o industrial de grandes empresas brasileiras no nosso país", disse ele em debate parlamentar. "É de enorme importância para o nosso país e de importância estratégica para Portugal que, entre Portugal e o Brasil, haja investimentos recíprocos, em particular das melhores empresas de um país e de outro", acrescentou. A CGD é uma das principais acionistas da Cimpor, com participação de 9,6 por cento. A CSN fez na última sexta-feira o lançamento preliminar de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) das ações da Cimpor. Considerando 100 por cento do capital, o valor chega a 3,86 bilhões de euros. O primeiro-ministro português disse que a Cimpor é uma empresa de referência para Portugal e que "a posição do Conselho de Administração da CGD será apresentada ao governo e a decisão final do banco estatal será no sentido de defender aquilo que se considerar melhor para a empresa". "A Cimpor estará no topo das nossas preocupações, não tanto pelas participações financeiras, se se ganha ou não ganha dinheiro, neste ou naquele momento", disse Sócrates. "Mas, principalmente, o futuro da empresa, a sua estabilidade e o emprego, e a contribuição que irá dar para a economia nacional", acrescentou. Sócrates frisou que a oferta da CSN não teve o apoio prévio do governo. A Cimpor tem uma estrutura acionária relativamente fragmentada. Entre os acionistas estão a construtora Teixeira Duarte, que detém 23 por cento da cimenteira, e a francesa Lafarge, com outros 17,3 por cento. As ações da Cimpor fecharam na bolsa de Lisboa nesta terça-feira em alta de 0,47 por cento, cotadas a 6,48 euros, bem acima dos 5,75 euros oferecidos pela CSN. Segundo analistas, a valorização dos papéis reflete a expectativa de que a CSN terá de subir a sua oferta e a probabilidade de haver uma proposta concorrente. (Por Sérgio Gonçalves)

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