“Quando se fala em scooters as palavras-chave são praticidade e facilidade. São as características mais marcantes em uma scooter”, frisou Alexandre Cury, diretor comercial da Honda Motos, para explicar as diferenças entre as motocicletas convencionais e esse tipo de moto, que vem atraindo cada vez mais os consumidores brasileiros nos últimos anos.
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O executivo participou da live “Motos e scooters como opção de mobilidade urbana no Brasil”, sob a mediação de Arthur Caldeira, transmitida por todas as redes sociais do Estadão na quinta-feira, 1° de outubro. O bate-papo, que também abordou a evolução tecnológica dos veículos de duas rodas, ainda teve a participação de Renato Romio, engenheiro mecânico e chefe da divisão de motores e veículos do Instituto Mauá de Tecnologia. Confira a vídeo da live no final da matéria.
As vendas de scooters têm crescido a um ritmo acelerado nos últimos anos. Entre 2017 e 2019, os emplacamentos desse tipo de moto praticamente dobraram no Brasil: passaram de 48 mil unidades para mais de 96 mil, no ano passado. Projetadas principalmente para o uso urbano, as scooters são um meio de transporte ideal para a cidade: ágeis, econômicas e fáceis de pilotar.
Só acelerar e frear
A facilidade de pilotagem começa já no tipo de transmissão final das scooters. Diferentemente das motocicletas, que têm embreagem e câmbio, nas scooters a transmissão é automática, do tipo CVT, comum em muitos carros, inclusive. “Não é preciso acionar embreagem ou passar marchas”, destacou Alexandre Cury.
Outro ponto reforçado pelo executivo da marca japonesa são os freios. Nas scooters, as duas alavancas de freio, chamadas de manete, ficam no guidão, e não é preciso utilizar o pé para frear, como nas motos. Isso facilita o uso dos freios para um maior número de pessoas, já que o sistema é bastante semelhante ao das bicicletas.
Apesar da semelhança com as bikes no que se refere aos freios, as scooters têm muita tecnologia embarcada. Além do painel digital, faróis de LED e tomadas para carregar o smartphone são itens comuns nas scooters comercializadas pela Honda no País. “Tudo isso traz uma comodidade muito grande para o usuário das scooters”, explica Cury.
Novos públicos
Essas facilidades têm atraído um novo público para as scooters. Além das mulheres, que representam cerca de 40% dos compradores desse tipo de moto, muitos motoristas de automóveis têm adquirido uma scooter para usar na cidade e driblar o trânsito. “Hoje, 80% de quem compra scooter tem um carro na garagem. É um perfil muito diferente do de quem compra as motocicletas tradicionais”, revelou Cury.
Outra particularidade da scooter que faz sucesso entre os motoristas de carro é o espaço que existe sob o assento, para transportar objetos ou guardar capacete e jaqueta quando estaciona. O engenheiro da Mauá, Renato Romio, que é motociclista, contou os motivos que o levaram a trocar sua moto por uma scooter. Entre eles está justamente a praticidade.
O engenheiro especialista em motores foi de um extremo a outro. Tinha uma moto clássica, com motor de 1.000 cilindradas, que era linda na garagem, mas não oferecia agilidade no trânsito, e trocou por uma scooter.
“Primeira vez que sentei em uma scooter, eu vi um porta-luvas. Sabe, uma coisa de carro!”, ressaltou Romio. “Nas motos, não existe isso. Você precisa levar uma mochila, colocar um baú. Na scooter não. Você senta, guarda suas coisas, dá partida e já está pronto para rodar”, revelou o engenheiro.
Ele ainda ressaltou a importância do para-brisa e do escudo frontal das scooters, que protegem da poeira e das intempéries do clima. “Se eu pego uma chuva leve, por exemplo, nem molha a jaqueta e a calça”, destacou Renato Romio, elogiando também o conforto desse tipo de moto.
Assista ao vídeo completo da live de Honda Motos