Publicidade

Presidente de Portugal vence eleição e terá segundo mandato

Eleitores do país reelegeram Aníbal Cavaco Silva com 53% dos votos

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Os eleitores portugueses reelegeram no domingo o presidente do país, Aníbal Cavaco Silva, de 71 anos, membro do principal partido da oposição, o Social Democrata, de acordo com os dados oficiais. Silva recebeu 53% dos votos, enquanto o segundo colocado, o candidato Manuel Alegre, do Partido Socialista, conquistou 20%.

PUBLICIDADE

O comparecimento às urnas, no entanto, foi baixo, visto que a taxa de abstenção ficou entre 47% e 51,2%, de acordo com a rede de notícias SIC.

A eleição do presidente de Portugal ocorre em meio a um período de crise no país, que sofre com a falta de confiança dos investidores estrangeiros nas dívidas de economias pequenas e altamente endividadas da zona do euro. Para combater esse sentimento, o governo português adotou uma série de medidas para conter os gastos públicos e que não foram bem recebidas pela população.

Em Portugal, o presidente não possui poderes executivos, mas pode dissolver o parlamento e convocar uma eleição geral se perceber que o país está seguindo o rumo incorreto. Durante a campanha, Silva disse que Portugal ainda enfrenta a possibilidade de uma "crise grave", tanto em termos econômicos quanto políticos, e disse que estaria preparado para agir como instrumento de último recurso numa situação crítica.

Posteriormente, Silva disse possuir "pouco apetite" por uma dissolução do parlamento e afirmou que buscaria a estabilidade de Portugal. Analistas políticos, no entanto, ainda veem essa ameaça como algo concreto.

O presidente eleito só poderá dissolver o parlamento a partir de 9 de março, já que não pode exercer sua autoridade antes desse período por lei. O processo de desmonte e de convocação de uma nova eleição também pode levar vários meses, indicando que qualquer mudança no governo não seria finalizada antes de meados deste ano.

O parlamento de Portugal é comandado pelo governo de minoria do Partido Socialista, liderado pelo primeiro-ministro José Sócrates. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.