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Prévia do PIB cai 1,4% em maio, maior queda desde a crise de 2008

Índice IBC-Br, do Banco Central, registrou crescimento de 1,74% em 12 meses e de 3,01% no ano

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 1,40% em maio ante abril, após registrar alta de 0,96% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, o número passou de 146,96 pontos em abril para 144,90 pontos em maio.

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Segundo cálculos feitos pelo economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Flávio Serrano, a queda mensal de 1,4% é a maior desde a crise de 2008. Ele lembrou que o último trimestre daquele ano foi um dos piores para a economia brasileira. Na ocasião, o IBC-Br registrou quedas de 1,5% em outubro; de 2% em novembro e de 4,4% em dezembro.

"Não temos trajetória consistente de expansão e esse é o pior dos mundos para os investimentos, principalmente em um cenário de inflação pressionada", considerou. O resultado aumenta a chance do BC interromper ciclo de alta dos juros antes do previsto.

O resultado do IBC-Br de maio ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas  ouvidos pelo AE Projeções, de -1%. O intervalo das estimativas ia de -2% a -0,3%. Na comparação entres os meses de maio de 2013 e de 2012, houve expansão de 2,28% na série sem ajustes sazonais. Com os dados observados, o IBC-Br de maio terminou em 148,13 pontos. O indicador em base anual também ficou abaixo da mediana de 2,80% - as previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções iam de 1,50% a 3,90%.

Em 12 meses, o crescimento está em 1,74% na série sem ajuste. No acumulado do ano até maio, houve alta de 3,01%. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Revisão

O Banco Central revisou alguns dados do índice de atividade econômica calculado pela instituição. Para abril de 2013, por exemplo, a taxa passou de 0,84% para 0,96%. Para março de 2013, foi revisado de 1,07% para 1,10%. Para fevereiro, foi revisto de -0,26% para -0,41%. Para janeiro, passou de 1,03% para 1,10%.

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Em 2012, também houve modificações em alguns meses. O indicador de dezembro ante novembro passou de -0,13% para -0,31 e o dado de novembro ante outubro foi alterado de 0,27% para 0,18%.

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