A Abit, entidade que representa a indústria têxtil nacional, apresentou nesta quarta-feira, 19, previsões de forte desaceleração tanto de produção quanto de vendas do setor, que deve continuar operando abaixo dos níveis de antes da pandemia.
Pelos prognósticos, o crescimento da produção deve cair para 1,2% em 2022, depois dos 11,7% estimados no ano passado. Já o avanço das vendas internas deve recuar de 14,5% para 1%. Assim, mesmo somando os dois anos, o setor não deve conseguir se recuperar do tombo de 17% e 22,5% registrado na produção e nas vendas, respectivamente, em 2020, quando a economia sofreu o choque da chegada da pandemia.
As projeções da Abit têm como premissa um quadro de baixo crescimento econômico, dadas as condições financeiras mais restritivas, com consumo prejudicado pela inflação persistente e geração de empregos mais lenta. Somados os fatores, a associação está pessimista quanto à recuperação da renda. “Vamos continuar convivendo com o poder de consumo comprometido, o que aumenta o desafio de conquistar corações, mentes e o bolso do consumidor”, disse o presidente da Abit, Fernando Pimentel.
Segundo a entidade, a previsão é cautelosa por considerar as incertezas de um ano eleitoral e a possibilidade de novas ondas de contágio de covid-19 no País em 2022.