25 de março de 2009 | 08h37
Assim como seus concorrentes globais, as siderúrgicas japonesas têm enfrentado uma queda acentuada na demanda, conforme o crédito apertado reprime a demanda por carros, maquinários de construção e outros produtos que utilizam aço.
A Nippon Steel, líder da indústria, reduziu sua produção em 40 por cento no primeiro trimestre deste ano (janeiro a março) frente ao mesmo período do ano passado, para lidar com o declínio econômico.
"As condições de mercado estão severas no momento, e a demanda real está mais fraca do que nossas expectativas iniciais", disse Shoji Muneoka, presidente da Federação de Ferro e Aço do Japão, durante uma coletiva de imprensa.
Ele acrescentou que a produção de aço bruto deve ficar em cerca de 18 milhões de toneladas entre janeiro e março, abaixo dos planos da indústria anunciados em janeiro, de 19,26 milhões de toneladas.
"A produção pode permanecer neste nível entre abril e junho no pior dos casos", afirmou Muneoka, que também é presidente da Nippon Steel.
A Nippon Steel decidirá sobre seus planos de produção para o próximo trimestre em meados de abril, segundo ele.
Montadoras completarão o ajuste dos estoques até junho, o que é um fator favorável para as siderúrgicas, afirmou.
Fabricantes de eletrodomésticos e de componente eletrônicos já reduziram estoques para níveis adequados, completou o representante.
No entanto, Muneoka afirmou que uma forte recuperação da demanda após julho é improvável.
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