ACORDOS
Com o Brasil caminhando para um segundo ano seguido de queda nas vendas de veículos e um mercado argentino deprimido, a indústria tem apostado em acordos de exportação que possam ajudar a ocupar suas fábricas.
Moan afirmou que viaja para o México na próxima semana para iniciar discussões sobre renovação do acordo automotivo do país com o Brasil, que vence em março de 2015. Segundo ele, o objetivo é chegar a um acerto não apenas comercial, mas de integração produtiva das indústrias de veículos dos dois países.
"Não podemos deixar que o acordo caia por terra", disse.
Além do México, a Anfavea tem apostado no mercado colombiano, cujas vendas de veículos novos em 2014 devem crescer 7,2 por cento, a 315 mil unidades. Moan afirmou que os governos do Brasil e da Colômbia estão tendo algumas conversas e que o objetivo da Anfavea é entregar até dezembro propostas de montadoras do Brasil para um acordo com o país vizinho.
2034?
Apesar das dificuldades e incertezas sobre o crescimento da economia brasileira, a Anfavea divulgou nesta sexta-feira estudo em que afirma que as vendas de veículos no Brasil em 2034 vão alcançar 7,4 milhões de unidades, correspondendo a um crescimento médio de 3,7 por cento ao ano no período.
A projeção é baseada em um cenário em que a população brasileira vai crescer dos atuais 201 milhões de habitantes para 226 milhões em 2034, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) vai subir, em média, 3 por cento ano.
Segundo o levantamento, com o crescimento projetado nas vendas do mercado interno, a frota de veículos do Brasil vai aumentar de cerca de 39,7 milhões para 95,2 milhões em 2034.
(Por Alberto Alerigi Jr., com reportagem adicional de Nelson Bocanegra, em Bogotá)