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Produtores de sementes de arroz organizam associação no RS

Por Agencia Estado
Atualização:

Porto Alegre, 23 - Os produtores de sementes de arroz decidiram hoje formar uma associação no Rio Grande do Sul, durante encontro em Cachoeirinha (RS). A nova entidade deverá discutir as dificuldades dos 160 produtores do insumo e incentivar o uso de sementes certificadas. As sementes certificadas produzidas no Estado são suficientes para metade da área normalmente cultivada com arroz, em torno de 1 milhão de hectares. O resto é atendido pela produção própria dos arrozeiros ou não tem origem identificada, disse o diretor técnico do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer. Com qualidade inferior, a semente sem certificação afeta o rendimento e favorece o aparecimento de invasoras, explicou Fischer. O Irga tem recomendado a redução da densidade de cultivo no Estado, que está em torno de quatro sacos de sementes (de 50 quilos cada) por hectare. A orientação do órgão é reduzir para 120 quilos por hectare, mas isso só será possível com o uso de sementes de qualidade. A densidade é maior para compensar a qualidade da cultivar ou o manejo inadequado, observou o diretor. A meta definida pelo Estado é elevar em 250 quilos por ano a produtividade média da lavoura de arroz do Rio Grande do Sul até 2007. O rendimento médio de 5.300 Kg/ha passou para 6.110 na safra 2003/04, que teve clima favorável à cultura. De forma simbólica, os produtores de arroz do Rio Grande do Sul realizam, a partir de amanhã (24), a 1ª Abertura Oficial do Plantio no Estado, no parque municipal de Tapes, a 103 quilômetros de Porto Alegre (RS). O evento, promovido pela Federação das Associações de Arrozeiros (Federarroz), terá uma programação de três dias, até domingo, com palestras técnicas e discussões sobre o planejamento da safra. "Temos expectativa de que a área será mantida, mas tudo dependerá muito do clima", disse Fischer. As chuvas dos últimos três dias no Estado melhoraram as condições nos municípios produtores do litoral norte, disse o diretor. A Fronteira Oeste é a região mais afetada pela falta de chuvas para irrigar as lavouras.

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