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Produtos alimentícios ganharam fatia na indústria em 2010, diz IBGE

Em 2010, a fabricação de produtos alimentícios ocupou a liderança entre as atividades industriais, com uma fatia de 12,1% do valor adicionado da indústria geral

Por Daniela Amorim (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

Os incentivos ao consumo doméstico e o aumento do preço das commodities no mercado externo em 2010 ajudaram a manter o ranking dos produtos industriais mais importantes no País dividido entre os setores de veículos, minério e derivados de petróleo e combustíveis. Mas os produtos alimentícios ganharam participação e ficaram no topo da hierarquia entre as atividades, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual de 2010, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Em 2010, a fabricação de produtos alimentícios ocupou a liderança entre as atividades industriais, com uma fatia de 12,1% do valor adicionado da indústria geral. Desde 2007, quando o IBGE começou a divulgar o valor adicionado, o setor de fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis puxavam o valor adicionado da indústria. No entanto, em 2010, a atividade teve sua participação reduzida para o segundo lugar, com uma fatia de 11,3%.

A terceira colocação ficou com o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, responsável por 9,9% do valor adicionado da indústria, e, na quarta, a atividade de extração de minerais metálicos, com 7,3%. O valor adicionado da indústria foi de R$ 602,613 bilhões em 2010.

"A quantidade de produtos alimentícios é enorme, então a atividade é mais pulverizada nas várias posições do ranking de vendas", explicou Rodrigo Lobo, economista da Coordenação de Indústria do IBGE.

A pesquisa do IBGE lista 3215 produtos da indústria brasileira. O óleo diesel lidera em valor de venda, com um montante de R$ 44,5 bilhões registrados em 2010. Entre os oito primeiros, figuram ainda automóveis para passageiros de cilindrada entre 1.500 a 3.000 cm3 (R$ 40,2 bilhões), minérios de ferro em bruto ou beneficiados (R$ 34,3 bilhões), automóveis para passageiros de cilindrada até 1.000 cm3 (R$ 30,2 bilhões), óleos brutos de petróleo (R$ 29 bilhões), álcool etílico para fins carburantes (R$ 22,8 bilhões), gasolina (R$ 22,6 bilhões) e caminhões a diesel com capacidade acima de cinco toneladas (R$ 18,8 bilhões).

"No ranking, o destaque foi o biodiesel, que é um produto relativamente novo, mas ganhou muita importância", apontou Lobo.

Entre 2007 e 2010, o biodiesel foi o produto que registrou o maior crescimento no valor de venda, passando da 382ª posição para a 53ª colocação. Em 2010, o biodiesel atingiu valor de vendas de R$ 4,59 bilhões.

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Na direção oposta, perderam posições os sucos concentrados de laranja, passando da 48ª colocação em 2007 para a 86ª posição em 2010 e ferro-gusa, da 31ª para a 66ª.

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