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Prumo, ex-LLX, muda de endereço para descolar da EBX

Por Mariana Durão
Atualização:

A Prumo, ex-LLX, está de mudança do histórico Edifício Serrador, no Centro do Rio. A empresa vai ocupar o 5º andar do prédio da antiga Rede Manchete e da editora Bloch, no bairro da Glória. A troca de endereço é mais um passo para descolar sua imagem do grupo EBX, de Eike Batista. Fundador da companhia, o empresário teve sua fatia reduzida a 20,9% depois da venda do controle para a americana EIG Global Energy Partners, em outubro. Dois meses depois a gestora americana rebatizou a LLX como Prumo Logística Global. As mudanças de gestão implementadas pela EIG foram coroadas com o anúncio de um novo comando para a empresa. O eleito foi o engenheiro Eduardo Parente, ex-CEO da MRS Logística e novo presidente da Prumo desde o dia 17. Projetado por Oscar Niemeyer em 1965, o Edifício Manchete ficou desativado após a falência da Bloch Editores, decretada em 2000. Dez anos depois a BR Properties assumiu e reformou seus 12 andares, hoje ocupados por escritórios de companhias como a estatal norueguesa Statoil. A Prumo terá cerca de cem funcionários trabalhando no local após a quarta-feira de cinzas. Outros 50 estão alocados no Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense. A LLX/Prumo era a última empresa do império X ainda em funcionamento no Serrador. No início de fevereiro a Óleo e Gás Participações (ex-OGX) passou a ocupar três andares na rua do Passeio, 56. A holding EBX, o estaleiro OSX, a mineradora MMX e a Eneva (ex-MPX) voltaram ao prédio da Praia do Flamengo 66, na zona sul carioca, onde a trajetória do grupo começou. Planos para o AçuFocada em projetos na área de energia e infraestrutura, a EIG tem US$ 16,1 bilhões sob gestão em 34 países. A Prumo é o primeiro negócio em que o grupo entra como acionista majoritário (52,8%) e por isso tem prioridade dentro de seu portfólio. Após uma injeção de R$ 1,3 bilhão via aumento de capital, a companhia conseguiu na semana passada a aprovação de um empréstimo-ponte de R$ 1,8 bilhão junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É o primeiro passo para viabilizar um financiamento de longo prazo. O dinheiro do banco de fomento será usado para operacionalizar a rolagem de dívidas de curto prazo e para dar fôlego às obras no Açu. A expectativa da Prumo é que o complexo tenha em funcionamento nos próximos três anos um terminal de minério de ferro (TX1) com capacidade de embarque de 26 milhões a 30 milhões de toneladas anuais da commodity, uma retroárea de 90 Km², comparável à do Porto de Roterdã (105 Km²) e 13 berços offshore. A estimativa é que a Prumo tenha fechado 2013 com uma receita de aproximadamente R$ 60 milhões, resultante do aluguel de áreas para nove empresas. Em 2014 a companhia deverá agregar à linha de receita ganhos com a movimentação de cargas. Só da LLX Minas-Rio, parceria com a Anglo American, virá uma receita de pelo menos US$ 95 milhões este ano, com o início do contrato de embarque de minério com a mineradora, em julho - o contrato anual cheio garante receita de US$ 190 milhões.As empresas Technip e a fabricante de tubos National Oilwell Varco (NOV) iniciam operações no complexo do Açu ainda neste semestre.

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