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Receita deve ter alta real acima de 10% no 2º semestre, diz Augustin

Secretário acredita que o resultado primário do governo central em agosto será positivo e forte

Foto do author Adriana Fernandes
Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Adriana Fernandes , Eduardo Rodrigues e da Agência Estado
Atualização:

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse confiar que as receitas devem manter tendência de crescimento real acima de 10% no segundo semestre de 2010. "As receitas vão permitir o cumprimento do primário. A tendência é favorável nos próximos meses", disse. Augustin disse também que o resultado primário do governo central em agosto será positivo e forte. "Esperamos um resultado positivo e forte pelo acompanhamento das receitas e despesas no mês. Mas ainda faltam alguns dias", afirmou.

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Meta

O secretário afirmou que a redução de R$ 40 bilhões para R$ 30 bilhões da meta de superávit primário das contas do governo central para o período janeiro de agosto não representa um afrouxamento do compromisso do governo com o cumprimento da meta para o ano. Segundo ele, o governo cumprirá a meta integral de superávit primário de 3,3% do PIB das contas do setor público em 2010. Augustin, em entrevista há pouco, reiterou vários vezes que a meta será cumprida sem o abatimento das despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sem o uso de recursos do Fundo Soberano do Brasil. Segundo ele, não há razão para acreditar que a meta não será cumprida. Augustin explicou que a redução da meta do governo central para o período de janeiro a agosto foi feita para adequar o fluxo real de receitas ao superávit. Segundo ele, essa adequação está relacionada ao fato de que as receitas vieram num ritmo menor do que o previsto, mas, a partir de agora, a tendência é de aceleração. O secretário do Tesouro previu um "superávit forte" do governo central em agosto e rebateu as críticas dos analistas de que o governo não fará a chamada "meta cheia" (sem os abatimentos) do superávit primário. Ele lembrou que, no mesmo período do ano passado, os analistas do mercado afirmavam que o governo não iria cumprir a meta de superávit, nem mesmo com o uso dos abatimentos previstos, o que não aconteceu. Augustin destacou que o mercado, ao fazer essas avaliações negativas, busca pressionar a curva de juros. Essa não é a primeira vez que o secretário faz tal acusação ao mercado. Ainda segundo Augustin, não é a primeira vez que o governo reduz a meta quadrimestral. Ele reiterou que a meta é "indicativa" e não obrigatória. 

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