PUBLICIDADE

Publicidade

Reformas na Grécia estão aquém das expectativas, diz FMI

O chefe da missão do Fundo no país afirmou que a profundidade da recessão na Grécia é consequência do fracasso do país na implementação de reformas estruturais duras

Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

ATENAS - A Grécia precisa ser mais agressiva em seu esforço para reduzir o tamanho da máquina pública, visto que as reformas adotadas até o momento "estão aquém do que era esperado", disse Poul Thomsen, chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país. "Esse é o principal motivo pelo qual a economia ainda está seguindo uma tendência de queda significativa, com o PIB encolhendo 6% ou mais" neste ano, acrescentou. A estimativa apresentada por Thomsen é pior do que a divulgada pelo governo da Grécia, que espera uma contração de 5,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. Desde que recebeu empréstimos do FMI e da União Europeia em maio do ano passado, a Grécia está tentando reduzir o déficit orçamentário, mas as diversas medidas de cortes nos gastos públicos adotadas até o momento esfriaram a economia, minando a capacidade do governo para arrecadar impostos e forçando reduções ainda maiores nas despesas com programas sociais. Economistas acreditam que, diante desse cenário, o rombo nas contas públicas gregas neste ano será maior do que a meta de 9% do PIB fixada pelo governo. Em seus comentários, Thomsen atribuiu à profundidade da recessão na Grécia parte da culpa pelo fracasso do país na implementação de reformas estruturais duras. Thomsen disse que as medidas de redução no déficit fiscal adotadas pela Grécia até o momento - basicamente cortes de gastos e aumentos de impostos - chegaram ao limite e que o país precisa evitar a evasão de impostos e diminuir o tamanho do setor público fechando agências e empresas do governo. Segundo Thomsen, o governo tem sido "bastante tímido" nesse sentido, mostrando pouca disposição para quebrar "tabus".

As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.