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Renault eliminará 9 mil empregos; lucro cai 78,6% em 2008

Segundo executivo-chefe do grupo, metade das demissões ocorrerá na França; prioridade é ter fluxo de caixa

Por Marcilio Souza
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A montadora francesa Renault obteve lucro líquido de 571 milhões de euros (US$ 731,7 milhões) em 2008, 78,6% menor que o de 2,67 bilhões de euros apresentado em 2007, e saiu de lucro operacional de 1,24 bilhão de euros em 2007 para prejuízo operacional de 117 milhões de euros no ano passado. O executivo-chefe do grupo, o franco-brasileiro Carlos Ghosn, disse que a Renault espera cortar 9 mil empregos este ano, ficando com 120 mil funcionários até o final de 2009.   Veja também: Peugeot-Citröen estuda demissões no exterior, diz jornal União Europeia rejeita assumir 'bancos podres' Queda na indústria da UE em dezembro é recorde Economia volta a encolher e Espanha fecha ano em recessão De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    Segundo Ghosn, metade das 9 mil demissões ocorrerá na França. O total inclui 6 mil saídas sob um plano de demissão voluntária. Outra parte dos cortes virá de aposentadorias. Na última quarta, sua principal concorrente na França, a Peugeot, disse que poderá reduzir sua força de trabalho em até 12 mil pessoas neste ano por meio de demissões voluntárias.   A receita da Renault em todo o ano passado caiu 7%, para 37,79 bilhões de euros, depois de ter recuado 29% apenas no quarto trimestre. A dívida líquida da divisão de automóveis disparou em 5,2 bilhões de euros ao longo do ano, para 7,94 bilhões de euros ao final de dezembro.   A montadora disse que sua prioridade para este ano é obter fluxo de caixa positivo perseguindo esforços para reduzir os estoques, cortar investimentos e manter a redução dos custos fixos. A empresa não fez projeções de resultados para o ano.   A Renault também escolheu diversos novos executivos para suas operações na Rússia, com o objetivo de reforçar sua estrutura administrativa no país. As informações são da Dow Jones.

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