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Rio Tinto manterá investimentos apesar de desaceleração na China

Segundo executivo da companhia, a projeção é de 'crescimento sólido' neste ano

Por Clarissa Mangueira e da Agência Estado
Atualização:

O investimento em grandes e novas minas de minério de ferro em países, como a Austrália, continua intacto apesar dos sinais de uma desaceleração econômica na China, que importa cerca de 60% da oferta do mundo da matéria-prima, afirmou o diretor-administrativo de projetos de expansão da dívida de minério de ferro da Rio Tinto, David Joyce.

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"Embora a taxa de crescimento do PIB na China esteja desacelerando, nós permanecemos confiantes sobre as bases dos números que nós vimos de um pouso suave, com crescimento sólido para este ano", afirmou o executivo em um discurso durante uma conferência de mineração em Perth, na Austrália.

A China registrou um enorme déficit comercial de US$ 31,48 bilhões em fevereiro que, combinado com uma série de dados fracos, aponta para uma deterioração da atividade e confiança no setor manufatureiro, desencadeou temores de que a segunda maior economia do mundo está desacelerando em um ritmo mais rápido que Pequim e muitos economistas esperavam.

Os sinais de uma desaceleração na China estão colocando pressão sobre as ações de algumas das maiores mineradoras do mundo, como a Rio Tinto e a BHP Billiton, que recuaram em torno de 10% e 8% na Bolsa de Austrália desde que atingiram máximas no ano no mês passado.

A Rio Tinto e a BHP estão gastando bilhões de dólares em expansão de novas minas na região de Pilbara, na Austrália, que representa cerca de 40% do comércio de minério de ferro mundial por via marítima, e no desenvolvimento de depósitos em novas regiões, como a Guiné, na África, para alimentar a demanda da China por matérias-primas, à medida que o país continua a se industrializar e construir arranha-céus, enquanto os trabalhadores chineses deixam as áreas rurais em direção aos centros urbanos.

Alguns analistas preveem que os preços do minério de ferro oscilarão em torno de US$ 70 a tonelada nos próximos anos devido ao excesso de capacidade na indústria, elevando o potencial de adiamentos de projetos e de cancelamentos de alguns projetos mais marginais.

Joyce disse que o crescimento da demanda de aço da China ainda tem um longo caminho a percorrer depois da bolha de crescimento de 40% nos últimos cinco anos.

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Os investimentos do setor de mineração em novas minas e ampliação são necessários porque a produção atual de minério de ferro "ainda está significantemente aquém do eventual consumo da commodity", disse Joyce. As informações são da Dow Jones. 

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