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Roubo de energia faz Light pedir tratamento diferenciado

Por Monica Ciarelli (Broadcast)
Atualização:

A Light quer um tratamento diferenciado da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante a revisão tarifária deste ano por conta dos investimentos feitos pela concessionária para reduzir o furto de energia na área de concessão. Para isso, buscou apoio até do secretário de Segurança do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, que fez uma palestra para diretoria da Aneel mostrando as particularidades da área de concessão da Light, que ainda abriga um grande número de comunidades sob domínio do tráfico e da milícia.?A Aneel precisa entender a realidade do Rio?, afirmou o presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, em evento promovido pela Associação Comercial do Rio de janeiro (ACRJ). Pinto calcula que a Light deixe de arrecadar anualmente cerca de R$ 1,5 bilhão apenas com furto de energia. ?Somos um paciente na UTI, não podemos ser tratados como os outros?, completou. Ele revelou que, durante a palestra feita por Beltrame, o secretário ressaltou os avanços obtidos pela implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em algumas favelas. Entretanto, afirmou, ainda há muito trabalho a fazer para mudar essa realidade. ?Esse é um trabalho que demora. Ainda vai levar uns 20 anos?, previu.No evento, o presidente da Light revelou ainda que a companhia planeja investir um adicional de R$ 525 milhões ao longo dos próximos três anos para atender ao aumento de demanda por energia durante os grandes eventos que o Rio vai sediar até 2016. A cifra engordará o orçamento de R$ 700 milhões já programados para este ano. Do investimento adicional, R$ 385 milhões serão desembolsados pela própria companhia e serão repassados ao consumidor. Como os investimentos começaram após abril, a quantia não entrará na revisão tarifária deste ano. Os R$ 140 milhões restantes serão arcados pelo governo federal e repassados para a Light por meio de uma conta aberta em nome da prefeitura. De acordo com Pinto, o dinheiro da União será utilizado na construção de subestações para atender regiões que só terão demanda daqui a 10 anos.

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