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Rússia não cortará gás para Europa para limitar reenvios à Ucrânia, diz ministro

A Eslováquia, a Polônia, a Romênia e a Áustria relataram leves quedas nos últimos dias nas entregas do combustível

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Por Redação
Atualização:
A companhia de gaz russa, Gazprom, não conseguiu cobrir a demanda do combustível à Europa Foto: Ints Kalnins/Reuters

A Rússia não limitará as exportações de gás para a Europa neste inverno para impedir que países reexportem gás para a Ucrânia, disse o ministro da Energia Alexander Novak para um jornal austríaco.

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"Isso está descartado", disse ele ao Die Presse, quando questionado numa entrevista publicada nesta quinta-feira se Moscou vai limitar as exportações de gás para conter o fornecimento à Ucrânia.

O fornecimento de gás russo à Ucrânia está cortado desde meados de junho devido a uma disputa sobre preços.

Novak disse que espera que o preço do petróleo se firme por volta de 100 dólares por barril até o final do ano, acrescentando que "não é alguma tragédia" que o preço esteja abaixo deste nível agora, e que ele não vê motivos objetivos para que caía abaixo de 90 dólares o barril.

Uma queda nos preços de petróleo desde julho está relacionada com uma desaceleração econômica e fatores especulativos, além de uma produção maior nos Estados Unidos graças à exploração do petróleo não convencional, disse ele.

A Eslováquia, a Polônia, a Romênia e a Áustria relataram leves quedas nos últimos dias nas entregas da Rússia, que está envolvida em uma disputa com a União Europeia acerca da Ucrânia.

Novak negou que a Rússia estaria "jogando" com as exportações de gás.

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"Mais (gás) foi pedido que o normal nos últimos dias e a Gazprom não cobriu totalmente a demanda maior", disse ele, acrescentando que a Gazprom também aumentou estoques na Rússia.

(Por Michael Shields e Shadia Nasralla)

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