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Saudi Aramco, empresa que desbancou a Apple, tem lucro recorde de 82% no primeiro trimestre

Companhia mais valiosa do mundo se beneficia da escalada nos preços do petróleo após a invasão da Rússia à Ucrânia

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Por Redação
Atualização:

A Saudi Aramco registrou lucro líquido de US$ 39,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022, número recorde para a empresa e que representa um acréscimo de 82% ante os mesmos resultados obtidos há um ano, à medida que a companhia mais valiosa do mundo se beneficia da escalada nos preços do petróleo após a invasão da Rússia à Ucrânia.

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Os lucros crescentes da Aramco - que na semana passada ultrapassou a Apple e tomou o posto de empresa mais valiosa do mundo - são um exemplo de como a invasão da Ucrânia e o aumento dos preços do petróleo impulsionaram as fortunas de petroestados como a Arábia Saudita. Com os preços do petróleo subindo até US$ 139 por barril nos últimos meses e consistentemente acima de US$ 100, a Arábia Saudita teve seu crescimento econômico mais rápido em uma década.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 9,6% na comparação anual do primeiro trimestre, segundo a autoridade de estatísticas saudita. A consultoria Capital Economics, com sede em Londres, estima que a economia saudita crescerá cerca de 10% este ano. Isso é muito mais forte do que o crescimento de 6,3% atualmente esperado pelo consenso, disse.

Embora o reino esteja tentando se diversificar do petróleo, a Aramco continua sendo o motor de sua economia. A empresa bombeou uma média de 10,2 milhões de barris por dia entre janeiro e março, mais do que qualquer outra empresa no mundo.

Refinaria da Saudi Aramco, na Arábia Saudita; empresa registrou lucro recorde e continua sendo o motor da economia do país Foto: Ahmed Jadallah/ Reuters

 A Aramco manteve seu dividendo trimestral, uma fonte vital de receita para o governo saudita, inalterado em US$ 18,8 bilhões e aprovou a distribuição de uma ação bônus para cada 10 ações detidas na empresa.

 O governo saudita, com uma participação de mais de 94% na Aramco, procurou monetizar os enormes ativos petrolíferos do país e usar os recursos para investir em indústrias fora do petróleo como parte do plano do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman de reestruturar a economia até 2030.

 Para ajudar a atingir esse objetivo, o príncipe Mohammed encarregou o Fundo de Investimento Público do reino de investir em empresas e indústrias não vinculadas a hidrocarbonetos. O governo também transferiu os US$ 29,4 bilhões que levantou da oferta pública inicial da Aramco na bolsa de valores saudita em 2019 para o Fundo, além de cerca de US$ 80 bilhões em ações da Aramco./ COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES

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