
27 de agosto de 2012 | 10h57
Há exatos 13 dias, o fundo garantidor apresentou ao mercado um plano para tentar evitar a liquidação do Cruzeiro do Sul, que tem um rombo total de R$ 3,1 bilhões, e não tem condições de continuar aberto do jeito que está hoje. Para dar certo, a operação de resgate foi planejada em duas frentes. O FGC está propondo aos credores do Cruzeiro do Sul que aceitem vender seus papéis com um desconto médio de cerca de 50%. A maioria das dívidas - R$ 3,3 bilhões de um total de R$ 5,68 bilhões - está nas mãos de investidores estrangeiros. O FGC explicou que a liquidação só será evitada se duas condições forem atendidas: no mínimo 90% de adesão ao plano de desconto de dívida e uma proposta firme para a compra da instituição.
No dia seguinte ao anúncio, o Fundo disparou e-mails para cerca de 20 instituições financeiras que teriam capacidade de comprar o Cruzeiro do Sul se quisessem. O plano tem sido duramente criticado por investidores estrangeiros desde que foi anunciado. Muitos vêm dizendo que não vão aceitar o deságio proposto. Nos bastidores, apostam que a pressão fará com que o Fundo melhore sua oferta.
?Não há hipótese de renegociação?, afirmou o diretor executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno. ?Não tem barganha: ou é isso ou é isso.? Tanto Bueno quanto Antunes evitam fazer projeções sobre o número de credores que podem aceitar a proposta. Mas na terça-feira será possível tomar o pulso da situação.
Investidores que aceitarem a proposta até o fechamento do mercado nesta terça-feira terão um prêmio: o desconto sobre a dívida será menor. Os demais têm como prazo limite o dia 12 de setembro. Para os bancos interessados, a data final para a apresentação de proposta é 10 de setembro. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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